Nesta quinta-feira (10), o Conselho de Administração da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou a criação de um Oscar competitivo anual para premiar os dublês. A expectativa é que as estatuetas sejam distribuídas a partir da 100ª edição da cerimônia, que acontece em 2028 e premia os filmes lançados em 2027.

Quem liderou a campanha para a criação de uma categoria que reconhecesse os dublês no Oscar foi o diretor e produtor David Leitch, responsável por sucessos como “Trem-Bala”, “Deadpool 2” e “O Dublê” - este último, uma ação cômica que homenageia os profissionais que intitulam a produção. O próprio Leitch começou sua carreira como dublê e coordenador, e ao longo dos anos, apresentou diversas propostas à Academia, levando o Conselho de Governadores a aprovar os novos prêmios.

“Desde os primórdios do cinema, o design de dublês tem sido parte integrante da produção cinematográfica”, disseram o CEO da Academia, Bill Kramer, e a presidente da Academia, Janet Yang [via Variety]. “Estamos orgulhosos de homenagear o trabalho inovador desses artistas técnicos e criativos e os parabenizamos por seu comprometimento e dedicação para chegar a esta ocasião memorável.”

As regras para elegibilidade serão anunciadas apenas em 2027, assim que todas as diretrizes relacionadas a 100ª cerimônia do Oscar forem divulgadas. A última nova categoria criada pela premiação foi a Conquista de Elenco, estabelecida em 2024 e que começa a valer a partir da cerimônia de 2026, considerando filmes lançados em 2025.

Em 2007, o SAG Awards, outra importante premiação da indústria, criou uma categoria semelhante: Melhor Performance de um Conjunto de Dublês - “O Dublê”, de Leitch, recebeu o troféu mais recente. Em 2024, Ryan Reynolds, estrela de “Deadpool & Wolverine", foi outro astro de Hollywood que deu visibilidade à categoria desses profissionais, ao elogiar publicamente o trabalho dos dublês em suas redes sociais: “Eles não têm categoria no Oscar e espero que isso mude algum dia. Tantos filmes esmagaram este ano… Buster Keaton, Harold Lloyd e [Charlie] Chaplin eram dublês e também cineastas, contando histórias com o corpo inteiro", relembrou o ator.