Thor: Amor e Trovão | Quando começamos a levar os filmes de super-herói (e a vida) tão a sério?

Thor: Amor e Trovão | Quando começamos a levar os filmes de super-herói (e a vida) tão a sério?

06/07/2022 | 18:15 | Mariana Assumpção
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    Sequência vira alvo de críticas e discussões fazem um verdadeiro convite à reflexão

    Com o lançamento de Homem de Ferro (2008), o mundo pode não ter se dado conta no momento, mas estava presenciando o início de um verdadeiro fenômeno da sétima arte: o nascimento do Universo Cinematográfico da Marvel.

    É claro que, antes de Robert Downey Jr. vestir o manto de Tony Stark, outros personagens e histórias da editora já haviam chegado aos cinemas. A trilogia do Homem-Aranha de Tobey Maguire, por exemplo, tinha sido concluída no ano anterior; e embora o diretor Sam Raimi tenha revolucionado o cinema do gênero com essas produções, seus filmes (e as dificuldades inerentes a questões de direito autoral) não foram capazes de construir um ecossistema narrativo comparado ao MCU.

    No último mês de abril, completamos 14 anos desde a estreia do complexo universo da Marvel nas telonas, formado por inúmeros filmes e, posteriormente, por séries. E as histórias de todas as produções que compõem o MCU foram construídas tendo, como base, os quadrinhos da editora.

    Bastante fiéis ao material de origem, ou livremente inspiradas, as tramas se entrelaçam numa espécie de teia ficcional, que conecta realidades, dilemas e ações de seus personagens em uma engrenagem coesa. As HQs de super-heróis, como se sabe, prezam por dar luz à fantasia; não por acaso, a esmagadora maioria de seus protagonistas possui superpoderes sobre-humanos que foram adquiridos em circunstâncias fisicamente improváveis e/ou extraterrestres. Em resumo, não há dúvidas de que se trata de histórias "de mentirinha".

    Fazendo esse adendo, retomamos a questão que intitula este texto: em que momento essas construções lúdicas, descompromissadas com a verossimilhança, tornaram-se pautas constantes de discussões tão rigorosas?

    O último lançamento do MCU, o longa Thor: Amor e Trovão, vem sendo o centro de algumas delas. As primeiras impressões sobre o filme realçam a sua estética assertiva, mas algumas não deixam de ressaltar, de forma negativa, o tom cômico adotado. Nelas, é apontado que a comédia destruiu os potenciais dramáticos da trama, que aborda temas como o câncer e apresenta um antagonista com motivações que envolvem família e fé.

    Sim, questões particularmente sensíveis são expostas no longa. De certo que, nos quadrinhos, elas talvez tenham sido apresentadas com mais seriedade e profundidade - afinal, duas horas de tela não se comparam às incontáveis páginas de HQs e sua capacidade de desenvolvimento detalhado. Contudo, não podemos esquecer que, nos filmes, assistimos a adaptações: e, quase sempre, elas seguem um rumo que pode desagradar àqueles mais apegados a suas versões originais.

    É impossível, também, ignorar o fato de que tais origens são as histórias em quadrinhos. Gênero este que, em sua essência, traz recursos escapistas, e pode usar e abusar da imaginação para construir uma sequência de acontecimentos totalmente alheia aos conceitos vigentes de "realidade".

    Assim, seria tão absurdo ou condenável que o filme, cujo material base parte dessa premissa, use-a a seu favor? No caso em específico, por que o alívio cômico, que ajuda a retirar um pouco do peso do drama, seria exatamente uma gafe?

    Mais de uma década de sucesso sob a famosa "fórmula" narrativa ajudou a construir uma legião de fãs fervorosos, os quais, muitas vezes, clamam para que a Marvel, enfim, traga algo novo. E quando Chloé Zhao apresenta diversidade em Eternos (2021), ou Simu Liu estreia como o primeiro protagonista asiático do MCU em Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis (2021), muitos destes fãs parecem desgostosos.

    Não existe "certo ou errado" quando se trata de preferências fílmicas. Porém, às vezes é necessário refletir sobre as nossas expectativas, e sobre o fato de que, possivelmente, elas tenham se tornado inalcançáveis.

    É provável que a sede por algo que se encaixe perfeitamente ao que almejamos impossibilite a experimentação do novo, do diferente. Em tempos de críticas duras e da necessidade inesgotável de colocar-se contra ou a favor de algo, a dicotomia radical impera, sem meio-termo.

    Mergulhar fundo na fantasia que Stan Lee, Jack Kirby, Larry Lieber, Steve Ditko e tantos outros ajudaram a construir, pode ser um caminho interessante. O desapego da realidade que nos rodeia é uma proposta válida e autêntica, principalmente em tempos difíceis. E, talvez, a leveza e o bom humor de Thor: Amor e Trovão sejam exatamente aquilo que precisamos agora. Vamos nos permitir?

    A continuação é estrelada por Chris Hemsworth, Natalie Portman e Tessa Thompson. Além de retornar à direção, Taika Waititi volta a viver Korg, e Christian Bale faz sua estreia no MCU na pele de Gorr, o Carniceiro dos Deuses.

    Quel tal assistir ao longa e tirar suas próprias conclusões sobre a sequência? O filme chega aos cinemas na próxima quinta-feira (7), e os ingressos já estão disponíveis - garanta o melhor lugar na sessão através do nosso site ou app.

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