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Terrifier 2 | “Art é como um filho do Jack, o Estripador com o Satã”, afirma diretor
Em entrevista exclusiva a Ingresso.com, Damien Leone, diretor do longa comenta sobre a criação do famoso personagem e sobre a reação inusitada do público

Dica do amigo: preparem os seus estômagos para este filme. No dia 29 dezembro, Terrifier 2, o terror slasher superfamoso na internet, chegará as telonas de todo o Brasil. Dirigido e roteirizado por Damien Leone, o longa tornou-se um verdadeiro fenômeno nas redes sociais após vários relatos de pessoas passando mal e deixando as sessões antes mesmo dos créditos subirem.
Art é um palhaço assassino que não tem pena e nem escrúpulos na hora de matar suas vítimas. Com cenas bastante violentas e explícitas, o personagem tornou-se um ícone slasher da última década. Desde o primeiro longa, lançado em 2016, Art é adorado pelos fãs de terror que não tem medo de ver sangue.
Terrifier 2 se passa um ano depois do primeiro filme. Acordando no necrotério após seu massacre na noite de Halloween do ano anterior, o Palhaço Art (David Howard Thornton) está de volta. Desta vez, ele vai atrás da jovem Sienna (Lauren LaVera) e do seu irmão mais novo, Jonathan (Elliott Fullam).
Em entrevista exclusiva à Ingresso.com, o diretor e criador do palhaço, Damien Leone, explicou como foi o processo de criação das cenas tão detalhadas, que deram início toda a fama do filme. Além disso, comentou sobre momentos em que as pessoas presentes no estúdio também eram afetadas por esse realismo:
“As vezes eu gosto de usar carne de verdade quando estamos fazendo as cenas. Por isso, diversas vezes nós usamos a pele da linguiça e enchemos com gordura do açougue para fazer os intestinos e coisas assim. Além de colocarmos frango e ossos quando o Art quebra o peito de alguém e começa a cavar. É tudo carne de verdade”, comentou. “David, o ator que interpreta Art, o palhaço, não é nenhum um pouco parecido com o personagem na vida real. Se ele não estava atuando e era só uma cena das suas mãos mexendo na carne, a gente o escutava reclamando e fazendo sons como se estivesse com nojo, quase vomitando. Ele ficava bastante enjoado quando tinha que mexer com a carne”.
Mas as cenas explícitas não afetaram só o público e o protagonista, até mesmo o próprio Damien teve momentos em que ele não se sentiu bem:
“Outro momento foi quando eu estava editando o filme e eu estava na cena do quarto, não tinha música, nem nada, e eu já estava há oito horas editando sem parar e só estava escutando a Casey gritando nos meus ouvidos várias e várias vezes. Eu lembro de ficar tonto e enjoado por uns minutos. Precisei parar de editar”, relembrou. “Eu lembro que eu liguei para o David e falei ‘cara, eu estou editando a cena do quarto e acabei de ficar tonto só com os gritos, eu acho que essa cena vai enlouquecer as pessoas’”.
Damien também comentou sobre como a violência explícita do filme é uma forma de inovar o mundo do terror e deixar o seu nome marcado no gênero:
“A cena do quarto foi feita para mostrar os fãs de [filmes de] terror, algo que nunca foi visto em nenhum outro filme. Acho que essa é a minha filosofia desde quando era um jovem cineasta, é tentar conquistar um espaço e ser reconhecido. Quando eu fiz o meu primeiro curta, eu pensava ‘porquê as pessoas vão falar do meu filme, como eles vão me descobrir nesse mar com milhares de outros cineastas que também estão desesperados para serem descobertos’. Por isso decidi que iria mostrar coisas que eles não viram em nenhum outro lugar”.
Art, o palhaço é uma figura conhecido no gênero por ser insaciável e brutal e por isso as cenas gore do filme tornam-se emblemáticas pela a sua nitidez. Questionado sobre qual era o seu limite para o filme e até onde vai a crueldade do personagem, Damien afirmou:
“Tiveram algumas cenas que eu escrevi e, até mesmo no estúdio enquanto estávamos gravando, que eu pensava ‘e se a gente fizer isso?’ mas no fim a gente refletia e dizia ‘é melhor não’. Isso já é demais. Eu tenho meus limites que eu não vou ultrapassar. Eu escrevi o Art como se ele fosse um filho do Jack, o Estripador com o Satã. E [quando estou escrevendo] penso nas piores coisas que alguém pode fazer e as vezes a minha imaginação vai muito além, mas tem horas que acaba ficando muito pesado e isso pode alienar as pessoas e o [filme] deixa de ser divertido. Não é este o sentimento que eu quero para as pessoas”.
Durante os primeiros meses de lançamento nos EUA, Terrifier 2 viralizou em redes sociais como Tiktok e Twitter, com vídeos de pessoas chorando, vomitando e até sendo levadas de ambulância para fora dos cinemas, depois de passarem mal enquanto assistiam as cenas mais marcantes, sendo em muitos casos comentado que os espectadores não chegaram nem mesmo até o final do longa.
Damien comentou também sobre a reação do público quanto ao filme e como, apesar de não serem muito comum, o deixou orgulhoso da produção:
“[Essa reação] dá credibilidade para mim. Não só para mim, como também para o meu produtor, Phil Falcone, que foi quem me ajudou a criar todos os efeitos especiais do filme. Isso valida todo o trabalho duro que nós demos. Quando a gente escuta essas notícias a gente ‘nossa, deu certo’, ainda que a gente esteja só mexendo com borracha, silicone, xarope de milho... É tão ridículo quando estamos no estúdio gravando, mas quando juntamos tudo com a música e cortes rápidos, acaba tornando-se uma forma de arte mais intensa. Porém eu não gostei de todas as reações é claro, não gosto de ver ninguém se machucando”, concluiu o diretor.
Terrifier 2 chega aos cinemas do Brasil no dia 29 de dezembro - garanta o seu ingresso por meio do nosso site ou app.
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