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Os espiões que amamos e as histórias de suas origens
Suspense, ação, mistério e tecnologia: os filmes de espionagem têm tudo isso e muito mais
Suspense, ação, mistério e tecnologia: os filmes de espionagem têm tudo isso e muito mais. O gênero começou a se desenvolver na década de 1930, com clássicos como Mata Hari, estrelado por Greta Garbo e Agente Secreto, de Alfred Hitchcock. Em seguida, ganhou maior popularidade a partir da década de 1960, quando o primeiro James Bond, vivido por Sean Connery, apareceu em 007 Contra o Satânico Dr.Hoje, os filmes de espionagem continuam conquistando uma legião de fãs, e personagens clássicos do gênero, como 007, permanecem rendendo novas histórias de sucesso. Separamos alguns espiões importantes do cinema, e suas histórias de origem fora das telonas.

Viúva-Negra
Natasha Romanoff, a Viúva Negra vivida nos cinemas pela atriz Scarlett Johansson, tem sua origem nas histórias em quadrinhos da Marvel. Ela foi criada por Stan Lee, Don Rico e Don Heck, tendo aparecido pela primeira vez nas páginas das revistas no ano de 1964. Nos quadrinhos, Natasha ficou órfã muito cedo, e foi criada por Ivan Petrovitch, soldado que a salvou do incêndio que vitimou sua família. Posteriormente, foi inserida na iniciativa soviética chamada Projeto Viúva Negra, programa que selecionava jovens com grande potencial para serem treinadas como agentes do governo – chamadas de Viúvas Negras.O filme solo da espiã, que chegará em breve aos cinemas, promete abordar detalhes de sua origem, como a Sala Vermelha (local misterioso, onde as Viúvas Negras realizam seu treinamento) e sua relação com o Guardião Vermelho, importante personagem de seu universo, interpretado por David Harbour.

Atômica
Lorraine Broughton, uma espiã da MI6, serviço de espionagem britânico, fez bastante sucesso nos cinemas, vivida pela atriz Charlize Theron. No entanto, a personagem não surgiu pela primeira vez nas telonas: Lorraine foi criada por Antony Johnston, sendo a principal personagem da graphic novel Atômica: A Cidade Mais Fria, ilustrada pelo anglo-brasileiro Sam Hart e lançada em 2012. Em apenas um volume, o autor foi acusado de não desenvolver a personagem como os fãs gostariam, até porque são poucas páginas para mostrar todo o potencial da espiã. O filme Atômica, lançado em 2017, foi parabenizado pela crítica por ter superado a obra que o inspirou. Com modificações e novas escolhas de roteiro, adaptando relações machistas que pareciam oprimir a personagem na literatura, o diretor David Leitch entrega uma agente capaz de superar qualquer espião consagrado.

James Bond (007)
Como a espiã Lorraine de Atômica, o agente James Bond também presta serviços ao MI6, órgão de inteligência britânico. O agente surgiu na literatura, nos livros escritor por Ian Fleming na década de 1950. Fleming homenageou o ornitólogo James Bond e batizou o espião, porque ele era o autor do livro preferido de sua esposa, Birds of the West Indies. Ian descreveu perfeitamente o personagem em seus livros: o charme, seu tipo físico e até mesmo seu gosto por martini são originais da literatura, e foram adaptados para quadrinhos e séries de televisão, antes mesmo de chegarem às telonas, em 1962. O sétimo agente com licença para matar retorna aos cinemas em breve, e deve encerrar o ciclo do ator Daniel Craig na franquia. 007 – Sem Tempo Para Morrer é o 25º longa do espião, dentro de uma saga de quase 60 anos de história.

Agente 86
Embora os filmes de espionagem prezem, em sua maioria, pela seriedade e clima de tensão ao longa de sua narrativa, o tema já foi abordado em muitas comédias, que costumam satirizar os espiões idelizados por Hollywood. Agente 86, estrelado pelo ator Steve Carell, é um bom exemplo de espionagem caricata. O filme foi baseado em um seriado de televisão americano, de mesmo nome, criado pelo gênio Mel Brooks. O cineasta, que dirigiu e roteirizou clássicos da comédia, como Primavera Para Hitler e O Jovem Frankenstein, se inspirou no sucesso de 007, na época vivido por Sean Connery, e criou o agente Max, que tinha um aparato tecnológico à altura de sua versão “séria”, como um sapatofone e uma parede invisível em sua residência.

Bourne
Fechando a nossa lista, porém não menos importante, temos Jason Bourne, protagonista de uma série de filmes que levam o seu nome. O diferencial do personagem, que surgiu na literatura, é a possibilidade de identificação que os leitores e espectadores podem ter com ele, afinal, Jason é uma pessoa comum, longe das máquinas humanas que protagonizam outros filmes de espionagem por aí. O autor Robert Ludlum criou o personagem, que como nos filmes, também sofre de amnésia, fato crucial para o desenvolvimento de toda a trama do livro. Ludlum escreveu a original trilogia Bourne: A Identidade Bourne(1980); A Supremacia Bourne (1986) e O Ultimato Bourne (1980), todos eles adaptados para as telonas, protagonizados por Matt Damon. Após seu falecimento, em 2001, o escritor Eric Van Lustbader deu continuidade à série de Jason Bourne, que teve sua publicação mais recente em 2017.