Os 10 figurinos mais marcantes do cinema
Uma roupa que converse e represente um personagem e suas características fica marcada no imaginário para sempre!
Desde a popularização da sétima arte, as roupas usadas pelas estrelas do cinema influenciam a moda e criam tendências ao longo dos anos. O ator James Dean, quando estrelou o filme Juventude Transviada, usava uma calça jeans surrada que acabou ditando o figurino de muitos outros jovens à época. Das produções mais clássicas até os filmes mais recentes – uma roupa que converse e represente um personagem e suas características fica marcada no imaginário para sempre! Descubra a nossa seleção dos 10 figurinos mais icônicos do cinema:
O Pecado Mora ao Lado (1955)
A personagem interpretada pela atriz Marilyn Monroe era chamada simplesmente de a garota, mas o fato de não ter seu nome revelado, não fez dela menos importante. O vestido todo branco, com decote marcante, é o protagonista de uma das cenas mais relembradas do cinema. A passagem com a saia esvoaçante representou perfeitamente a ousadia e progressismo de sua personalidade no longa. Anos mais tarde, em 2011, o vestido usado pela atriz foi leiloado por mais de 5 milhões de dólares.
Corrida de Automóveis para Meninos (1914)
Este curta-metragem de apenas 11 minutos marca a primeira aparição de Carlitos, símbolo máximo do cinema, vivido pelo ator Charlie Chaplin. Além do andar caricato que o artista atribuiu ao personagem, o seu figurino ajudou a destacá-lo: calças excessivamente largas e e grandes sapatos fazem contraste com um terno bem justo, remetendo e satirizando um estilo inglês vitoriano. O chapéu-coco, o bigode e a bengala compõem o restante do visual, que mesmo aparentemente simples, pode ser facilmente reconhecido.
Bonequinha de Luxo (1961)
Quando Audrey Hepburn desembarca do táxi, logo na primeira cena de Bonequinha de Luxo, já nos deparamos com um dos vestidos mais bonitos e icônicos do cinema. O modelo, assinado pelo estilista francês Hubert de Givenchy, é um “pretinho básico” com costas nuas e, como quase todas as confecções do modista, atemporal. As pérolas, luvas e piteira agregam o estilo marcante de Holly, que mesmo levando uma vida ousada para o início dos anos de 1960, cativou a audiência e marcou época.
Star Wars (A Saga)
A simplicidade pode sim ajudar a imortalizar um figurino, mas o pioneirismo que alguns deles carregam também contribui para sua eterna lembrança. Todos os detalhes de Darth Vader, desde a sua máscara e respirador até sua capa negra e esvoaçante, são inesquecíveis e incomparáveis. Além de endurecer a personalidade do vilão, todo o aparato impede que possamos ver seu rosto e suas expressões, dificultando o desenvolvimento de empatia por parte do espectador. Em oposição, temos cores mais claras nas roupas dos Jedi, que representam o Lado Luminoso da Força. Na verdade, toda a hierarquia contida na saga é claramente exposta através dos figurinos – Stormtroopers, escravos, pilotos da Resistência… todos eles são facilmente identificados por suas vestimentas.
Matrix (1999)
Os figurinos do filme são um capítulo à parte de sua história, e o tratamento das imagens na edição final também. O filme preza por cores com pouca saturação, técnica utilizada em muitos outros filmes de ficção científica mais recentes. Tons de verde e azul, aliados ao visual all black dos protagonistas, contrastam com objetos importantes do longa, como as pílulas azul e vermelha, da escolha de Neo. O couro e o vinil influenciaram figurinos como o do primeiro X-Men, lançado logo depois – de fato, virou tendência! Óculos inspirados nos usados pelos personagens também foram lançados, prova de que sua estética foi inserida na cultura de forma muito marcante.
A Hora do Pesadelo (1984)
Quem seria capaz de imaginar que um suéter listrado viraria um dos grandes ícones do terror? Os tons do figurino de Freddy Krueger, o vermelho e o verde oliva, não foram escolhidos por acaso. Durante a produção do longa, o diretor Wes Craven leu um artigo em uma revista científica que dizia que tal combinação de cores era uma das mais difíceis de serem assimiladas pelo olho humano, e a confusão combinava bastante com o desconforto que o personagem deveria causar na audiência. O casaco, o chapéu Fedora e as garras afiadas entraram para a história do gênero nos cinemas.
Os Caça-Fantasmas (1984)
Dan Aykroyd, que além de estrelar também escreveu o roteiro de Os Caça-Fantasmas, acompanhava alguns estudos sobre física que, na década de 1980, acreditavam que em breve seria possível a construção de equipamentos capazes de capturar ectoplasmas – ou materialização de espíritos, mais especificamente. Partindo disso e da sua vontade de contar uma divertida história de fantasmas, os macacões e a Mochila de Prótons, equipamento utilizado para capturar os espectros, foram criados, tornando-se uma grande referência geek na cultura pop mundial.
Esquadrão Suicida (2016)
A primeira aparição de Arlequina nos cinemas foi no longa Esquadrão Suicida, interpretada pela atriz Margot Robbie. No entanto, o visual da atriz é bastante diferente do uniforme clássico da personagem, que surgiu primeiramente na televisão, em Batman – A Série Animada. Os cabelos loiros, tingidos de rosa e azul, os shorts e a camiseta que tornaram a personagem bastante popular nos cinemas são uma adaptação de uma repaginada – bastante polêmica, inclusive – que Arlequina sofreu nos quadrinhos Os Novos 52, iniciativa da DC Comics para relançar e transformar algumas histórias de origem de seus personagens. A verdade é que os trajes de Margot Robbie são os mais utilizados por cosplayers e figuram na maioria das fanarts existentes, tornando-se assim os mais populares já utilizados pela personagem.
As Patricinhas de Beverly Hills (1995)
Mona May, responsável pelo figurino do longa, já concedeu diversas entrevistas onde explica a influência do filme na moda da época e quais foram os processos que levaram à construção de roupas tão marcantes. Mona queria que as peças fossem inovadoras, e para isso, acompanhou muitas tendências lançadas durante as semanas de moda de Paris, Milão e Londres. Porém, adaptar os looks de passarela para o dia a dia de garotas do colegial foi o grande desafio. As saias pregueadas e as candy colors se fizeram necessárias para que as atrizes não perdessem seu ar juvenil, e aliadas a estampas marcantes e contemporâneas, foram copiadas por toda uma geração. Além disso, as próprias marcas citadas na história fizeram desfiles baseados no estilo lançado pelo filme, anos mais tarde. Muita influência!
Kill Bill: Volume 1 (2003)
Que o filme é uma homenagem do cineasta Quentin Tarantino aos grandes clássicos de artes marciais, é público e notório. Além do fato da vestimenta icônica, usada pela atriz Uma Thurman, ser uma cópia fiel do traje de Bruce Lee em Jogo da Morte, o amarelo faz com que a personagem se destaque além da roupa – moto e caminhonete possuem o mesmo tom – e ainda contrasta muito bem com o vermelho da sangria característica do diretor. Além disso, segundo a psicologia das cores, o amarelo transmite o sentimento de ódio e vingança, muito presentes na vida da protagonista Beatrix Kiddo. Mesmo se apropriando de um traje já utilizado anteriormente, o filme conseguiu ressignificar o figurino e torná-lo um novo ícone do cinema.