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Nosferatu: por que o filme original foi proibido? Conheça a história do clássico que ganhou remake
Novo longa inspirado no terror de 1922 já está em cartaz nos cinemas do Brasil
Robert Eggers, diretor de sucessos como "A Bruxa" (2015), "O Farol" (2019) e "O Homem do Norte" (2022), retorna às origens do gênero que o consagrou com o remake “Nosferatu", terror que chega às telonas nacionais nesta quinta-feira (2).
O longa original, “Nosferatu, Uma Sinfonia do Horror", foi lançado em 1922 e é considerado a obra-prima do Expressionismo Alemão. Contudo, por pouco ele não foi completamente apagado da história, depois de processos judiciais e uma proibição que quase extinguiu todas as cópias produzidas do aclamado longa de horror. Por sorte, a obra sobreviveu ao tempo, e ajudou a moldar os rumos desse gênero cinematográfico ao longo dos anos.
Afinal, por que “Nosferatu” quase não saiu do papel, e quais são as polêmicas que envolvem esse clássico centenário e "cancelado"?
“NOSFERATU”: PLÁGIO OU RELEITURA?
No início da década de 1920, a Prana Film, produtora alemã, iniciou suas atividades no país. Albin Grau, que pretendia realizar diversos filmes centrados em temas do sobrenatural e do oculto, assinou a produção do primeiro projeto do estúdio, intitulado inicialmente como “Drácula”. Dirigido por FW Murnau, o longa pretendia adaptar o famoso romance do escritor irlandês Bram Stoker, o maior ícone da literatura vampiresca mundial.
À época, Bram Stoker havia falecido há poucos anos, mais precisamente em 1912. Desde então, a viúva do autor, Florence Stoker, detinha os direitos sobre a obra do marido, e não os cedeu à Prana Film, impossibilitando que a produtora retratasse a história nas telas legalmente.
Determinado a produzir o filme, incentivado por lendas locais de mortos-vivos que escutou ao servir o exército durante a Primeira Guerra Mundial, Albin Grau sugeriu diversas mudanças ao roteirista Henrik Galeen, para que a inspiração na obra de Bram Stoker se tornasse menos evidente.
Assim, a estreia de “Nosferatu” e do vampiro protagonista, Conde Orlok (Max Schreck), aconteceu em 4 de março de 1922 no Marbel Hall do Jardim Zoológico de Berlim, na Alemanha. O evento foi amplamente planejado e comentado, até que a notícia do lançamento chegou a Londres, onde Florence Stoker foi alertada sobre a produção e iniciou um processo litigioso de plágio.
COMO “NOSFERATU” CONSEGUIU SOBREVIVER AO TEMPO?
“Nosferatu” foi o primeiro e único projeto lançado pela Prana Film, que declarou falência depois que a viúva de Bram Stoker venceu o processo nos tribunais da Alemanha. Além de requerer parte do lucro obtido com o filme, Florence também exigiu que os negativos e todas as cópias do longa fossem destruídos, determinada a apagar o legado da produção para sempre.
Contudo, a Prana Film manteve algumas cópias escondidas, e logo após a morte de Florence, em maio de 1937, “Nosferatu” renasceu das cinzas e voltou a ser exibido nos Estados Unidos, onde “Drácula” já havia caído em domínio público.
Mais de um século após o lançamento do filme clássico, disponível na íntegra no Youtube (vídeo acima), esta obra-prima segue sendo um dos projetos mais icônicos e ousados da história da sétima arte, inspirando novas gerações de cineastas ao longo dos anos.
“Quando eu tinha uns 8 ou 9 anos, nós compramos um VHS de 'Nosferatu' e eu fiquei impressionado ao ver como essa versão destilou a história do Drácula em um conto de fadas bem simples. O passado realmente fala comigo, e eu acho importante pensar sobre quem somos, aonde vamos e de onde viemos", revelou Robert Eggers, diretor da nova versão, em entrevista divulgada pela Universal Pictures.
O primeiro longa-metragem de vampiros do mundo ganha uma releitura moderna em “Nosferatu", que já conta com 86% de aprovação da crítica no Rotten Tomatoes. O elenco conta com nomes de peso, como Bill Skarsgård, Lily-Rose Depp, Willem Dafoe, Aaron Taylor-Johnson, Nicholas Hoult e Emma Corrin - garanta o seu ingresso por meio do nosso site ou app.
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