‘La Situación’: longa tem um “humor muito ácido, muito engraçado e inteligente", afirma produtora
Longa chega semana que vem nos cinemas
Três mulheres com diferentes personalidades embarcam em uma viagem para outro país, passando grandes perrengues até chegarem ao seu destino. Se você acha que já viu um filme como este, ‘La Situación’ fará você repensar. Protagonizado por Natália Lage, Júlia Rabello e Thati Lopes, a mais nova comédia brasileira promete arrancar risadas com o seu humor ácido e atuações impecáveis.
Dirigido por Tomás Portella, ‘La Situación’ é um road movie que conta a história de três amigas que partem em busca de uma misteriosa herança no país vizinho e enfrentam perrengues e situações perigosas ao se envolverem, sem saber, com poderosos traficantes locais.
Uma das produtoras do longa, Iafa Britz, tem uma carreira de sucesso no cinema brasileiro e fez parte de grandes produções como a trilogia ‘Minha Mãe é uma Peça’, ‘Nossa Lar’ (2010) e ‘Divã’ (2009). Em entrevista exclusiva à Ingresso.com, contou o que fez ela se encantar pelo roteiro:
“São três mulheres em momentos de vida distintos, de personalidades distintas, numa situação internacional, [passando por] perrengue, onde elas trazem suas questões femininas pra dentro dessa comédia. Eu gosto do lugar que essas mulheres estão colocadas numa situação em que tem que assumir seus protagonismos e suas decisões e arcar com as consequências. Tipo, 'sai da frente que esse mundo é meu', com um humor muito ácido, muito engraçado, muito inteligente e escatológico.”
Ana, interpretada por Natália Lage, é uma mulher que está infeliz na vida pessoal e profissional, até que recebe a notícia de que tem direito à herança da avó que morava na Argentina. Ela, então, parte para uma viagem ao lado de sua melhor amiga, Letícia (Júlia Rabello), esposa e mãe que também passa por uma crise existencial. A contragosto, as duas levam a prima ‘excêntrica’ de Ana, Yovanka (Thati Lopes).
Com atuações que te trazem para dentro do filme, Thati, Natalia e Julia comentaram sobre o que elas têm – ou não – em comum com os papéis que desempenham. A intérprete da Yovanka brincou que ela e sua personagem são completamente diferentes:
“A Yovanka é livre. Ela é pra fora, ela só vive e segue, e eu não sou nada disso. Foi totalmente uma construção de atriz. Me vejo totalmente diferente. Eu acho que eu estou buscando, neste momento da minha vida, um pouco mais da Yovanka. A verdade sobre essa mulher que só vive, segue e se permite.”
Diferente de sua colega de cena, Natália afirmou que se identifica um pouco com Ana, sua personagem:
“Eu tenho um pouco dessa coisa da Ana de ser um pouco controladora, um pouco de achar que a gente vai conseguir organizar as coisas, vai conseguir resolver tudo. Também estou num momento, que é o percurso que ela acaba fazendo, por outras vias, de me perdoar mais, de me permitir mais, de lidar melhor com o erro, com a frustração, com a diversidade, com a dificuldade, com a diferença.”
O longa mostra três mulheres com vidas e personalidades diferentes e que precisam uma da outra para sair de uma situação inesperada. Apesar de afirmar não se identificar com a vida de sua personagem, Júlia reflete sobre como sua personagem pode ser interpretada como uma representação de todas as mulheres:
“Eu acho que, da Letícia, eu tenho esse olhar pros outros de cuidado, mas que também está querendo viver a vida dela, viver as aventuras dela. Acho que todas nós mulheres temos isso, esse olhar de cuidado pros outros.”
Além do trio, Dudu Azevedo também faz parte do elenco. O ator interpreta um policial federal que esbarra com elas no meio do caminho. Durante a entrevista, ele comentou sobre como enxerga o seu papel em um filme com protagonismo inteiramente feminino:
"Na verdade, em comédias como essa, normalmente homens fazem papéis de protagonistas. Estar ali, levantando a bola, fazendo cenas em que as mulheres estavam ali para conduzir a história, pra brilhar, foi maravilhoso porque eu me sinto aprendendo estando nessa posição. A forma como as personagens se relacionam com o meu personagem é também uma maneira de aprender, de me colocar naquele lugar como homem também.”
A expressão “road movie” (filme de estrada, em tradução literal) é dada a um subgênero do cinema que consiste em filmes em que a construção periódica de seus acontecimentos é construída com base na jornada do personagem na estrada a caminho de um destino. Grandes exemplos do gênero são ‘Pequena Miss Sunshine’, ‘Thelma e Louise’ e ‘Central do Brasil’.
O diretor do longa, Tomás Portella falou sobre o gênero, não muito utilizado no Brasil, e quais foram os maiores desafios na hora de executá-lo:
"Fazer três países correndo de um lado para o outro, fazendo sete locações no mesmo dia pra ir para um lado e depois pro outro, pra gente ter riqueza, pra gente não ter que filmar tudo no mesmo lugar. Era filmar um pouquinho, corre todo mundo, desloca, salta todo mundo, filma mais um pouquinho, agora levanta, agora suja eles, agora limpa eles, filma mais um pouquinho. Essa correria, essa loucura que foi pra conseguir ter uma riqueza de locações e esse sentimento de que o filme estava rodando para frente, que os lugares estão mudando, foi o grande desafio.”
‘La Situación’ estreia dia 23 de março - exclusivamente nos cinemas.
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