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Jamie Lee Curtis: como filha de musa do Hitchcock se transformou na dama do terror de Hollywood? - Ingresso.com
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Jamie Lee Curtis: como filha de musa do Hitchcock se transformou na dama do terror de Hollywood?

Atriz se despede de Laurie Strode em Halloween Ends

Mariana Assumpção
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Jamie Lee Curtis: como filha de musa do Hitchcock se transformou na dama do terror de Hollywood?

Jamie Lee Curtis começou sua carreira no cinema em Halloween - A Noite do Terror (1978), um filme de baixíssimo orçamento e que, para a surpresa de todos, foi um sucesso absoluto de bilheteria, dando origem a uma franquia que ainda segue em desenvolvimento.

Contudo, mesmo dando seus primeiros passos como atriz timidamente, numa produção que custou modestos 300 mil dólares, Jamie sempre esteve rodeada pela sétima arte - e por grandes estrelas da Era de Ouro de Hollywood.

FILHA DE LENDAS DO CINEMA

Nascida em 22 de novembro de 1958, Jamie Lee Curtis é fruto do casamento entre Janet Leigh e Tony Curtis, dois grandes ícones dos filmes hollywoodianos. Seu pai atuou ao lado de Burt Lancaster, Sidney Poitier, Kirk Douglas, Marilyn Monroe e Jack Lemmon, em clássicos como A Embriaguez do Sucesso (1957), Acorrentados (1958), Spartacus (1960) e Quanto Mais Quente Melhor (1959), eleita pela BBC como a melhor comédia da história do cinema.

Já Janet, sua mãe, foi uma das musas do diretor Alfred Hitchcock, e seu papel mais marcante é o de Marion Crane no suspense Psicose (1960), no qual é eternamente lembrada pela cena do grito no chuveiro. A protagonista já foi referenciada em diversos outros filmes mais recentes, e a própria Jamie homenageou a mãe e sua personagem em diversas ocasiões.

HALLOWEEN E A ORIGEM DA FINAL GIRL

John Carpenter, diretor de Halloween, havia desenvolvido outros dois longas-metragens antes desse: Dark Star (1974), uma ficção científica, e Assalto à 13ª DP (1976), ambos com orçamento inferior a 150 mil dólares. Assalto à 13ª DP chegou a obter destaque na Inglaterra, e participou de festivais de cinema por lá. Ainda assim, Carpenter e sua fórmula não haviam conseguido conquistar o grande público, até então.

Irwin Yablans, que já havia trabalhado como distribuidor e desenvolvedor de prévias para a Warner Bros., abraçou o projeto de Halloween como produtor. Contudo, Irwin não tinha o dinheiro para investir no longa, e convenceu seu amigo Moustapha Akkad a desembolsar a quantia necessária para tirar o filme do papel.

Com o dinheiro disponível, Carpenter e Debra Hill, que eram um casal na época, começaram a lapidar o roteiro e buscar atores para o elenco. John era fã de filmes de ação e suspense, e o terror slasher nunca esteve entre os seus favoritos. Por esse motivo, encarou o desafio de fazer Halloween nos moldes de grandes mestres do suspense, como Alfred Hitchcock: menos sangue, e mais suposições. Para ele, o medo do que não se vê superava o horror gráfico - e nada melhor que trazer a filha da protagonista de Psicose para estrelar essa empreitada.

Na série Filmes Que Marcam Época, da Netflix, toda a equipe de Halloween relembra o trabalho de Jamie Lee Curtis com carinho: "Ela era uma moça encantadora e educada", comenta Irwin. Já Tommy Lee Wallace, diretor de arte, conta como a atriz também colaborava em outras funções nos bastidores:

"Desde o primeiro dia, Jamie era um doce de simpatia. Ela era maravilhosa. Ela amava a equipe e carregava as câmeras quando não estava ocupada", relata Tommy, sobre a intérpreta da final girl mais icônica que o slasher já produziu.

Após ser lançado em Kansas City, uma pequena cidade no estado americano do Missouri, Halloween - A Noite Do Terror conquistou a audiência cinco dias antes do feriado que o inspirou. O filme foi tão bem-recebido por lá que Irwin Yablans, que fez a distribuição do longa, o levou para cidades maiores, e o boca a boca o ajudou a arrecadar US$70 milhões em bilheteria. Por anos, Halloween foi o terror independente mais lucrativo da história, e só perdeu o posto para A Bruxa de Blair (1999).

A DAMA DO TERROR (E DA COMÉDIA) DE HOLLYWOOD

Com o sucesso inesperado de Halloween, Jamie Lee Curtis seguiu sua parceria com os cineastas John Carpenter e Debra Hill: ela estrelou A Bruma Assassina (1980) e, três anos após a estreia do longa original, reviveu Laurie Strode em Halloween II - O Pesadelo Continua (1981).

Em entrevista recente ao Omelete, a atriz revelou que os filmes de terror não são os seus favoritos, e que ela nem chegou a assistir a todos os longas do gênero os quais protagonizou. Contudo, ela afirma que não ser fã a ajudou a atuar ainda melhor nessas produções - além de ser a maior estrela da franquia do assassino Michael Myers, Jamie participou de O Trem do Terror (1980), Baile de Formatura (1980), Enigma na Estrada (1981) e de outros clássicos do horror.

A partir da década de 80, Jamie foi ganhando destaque com papéis mais diversos, em comédias e em alguns dramas: Trocando as Bolas (1983), Perfeição (1985), Um Peixe Chamado Wanda (1988) e True Lies (1994), ação que estrelou ao lado de Arnold Schwarzenegger, ajudaram a alavancar sua carreira. Este último, inclusive, lhe rendeu um Globo de Ouro por sua performance.

Sexta-Feira Muito Louca (2003) é outro projeto da atriz relembrado com carinho pelos fãs. Recentemente, Jamie revelou interesse em retornar ao papel de Tess Coleman em uma sequência, ao lado de Lindsay Lohan.

O LEGADO DE LAURIE STRODE

Mesmo que possua um currículo recheado de sucessos, quase 45 anos após sua primeira aparição como Laurie Strode, Jamie segue grata ao papel, e consciente da importância da personagem em sua trajetória:

"Eu não teria carreira alguma se não fosse por Laurie Strode. Nunca teria sido capaz de encontrar uma base no meio artístico", explica a atriz, ao Yahoo. "Tudo de bom na minha vida veio de Laurie Strode. Tudo. Incluindo o meu marido, os meus filhos. O que ela me deu é incalculável. A minha carreira hoje é diretamente atribuída a Laurie Strode".

Na mesma entrevista, a atriz comenta sobre a nova leva de filmes de Halloween, iniciada em 2018 sob a direção de David Gordon Green:

"A trilogia transformou a minha vida profissional. Agora, tenho uma vivência criativa que não tinha antes, o que me permitiu fazer o que quero desde a adolescência, que é utilizar a minha poderosa energia criativa. E eu simplesmente não tinha uma plataforma para o fazer. E agora tenho" - além de estrelar a trinca de filmes, Jamie também trabalha como produtora executiva em todos eles.

Halloween Ends marca sua despedida definitica do papel de Laurie Strode e, em fevereiro deste ano, a atriz anunciou o término das filmagens do capítulo final da trilogia. Através de um texto emocionante, ela se despediu da personagem, responsável por dar início à sua carreira no cinema.

A sinopse do longa explica que os eventos ocorrem quatro anos após os acontecimentos vistos em Halloween Kills: O Terror Continua (2021). Desta vez, Laurie vive com a sua neta Allyson (Andi Matichak) enquanto termina de escrever suas memórias, e Michael Myers não tem sido visto desde então. Depois de permitir que o fantasma de Michael determinasse e impulsionasse a sua realidade durante décadas, Laurie decidiu libertar-se do medo e da fúria e abraçar a vida. Porém, quando o jovem Corey Cunningham (Rohan Campbell) é acusado de um crime, uma nova onda de violência e terror força Laurie a finalmente enfrentar o mal que ela não consegue controlar, de uma vez por todas.

O elenco de Halloween Ends ainda é formado por Will Patton, Kyle Richards e James Jude Courtney, e o longa segue sob a direção de David Gordon Green. O cineasta também assina o roteiro, coescrito por Paul Brad Logan, Chris Bernier e Danny McBride, baseado nos personagens criados por John Carpenter e Debra Hill.

Halloween Ends chegou aos cinemas do Brasil na última quinta-feira, 13 de outubro, e seque em cartaz nas telonas - garanta o seu ingresso por meio do nosso site ou app.

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