Halloween | 10 fatos e curiosidades sobre o primeiro longa da franquia

Criada há quase 45 anos pelos roteiristas John Carpenter e Debra Hill, a franquia Halloween estreou nos cinemas em 1978. Desde então, o assassino mascarado Michael Myers, e sua postura e aparência assustadoras, ajudaram a construir um dos maiores ícones do terror nas telonas.

Atravessando gerações, a saga se consolidou como uma das mais populares e rentáveis do gênero, e ganhou um novo filme que dá continuidade à história consagrada: Halloween Ends chegou às telonas na última quinta-feira (13), e segue com ingressos disponíveis por meio do nosso site ou app.

O longa aborda eventos que ocorrem quatro anos após os acontecimentos de Halloween Kills: O Terror Continua (2021), e marca a despedida de Jamie Lee Curtis do papel de Laurie Strode, final girl que lançou a atriz ao estrelato.

O terror causado por Michael Myers já foi tema de muitos filmes, mas o longa original continua sendo um dos mais amados pelos fãs da saga. A produção, que inspirou diversas outras do gênero, foi marcada por fatos curiosos durante o seu desenvolvimento. Descubra alguns deles:

1 | POR QUE JAMIE LEE CURTIS FOI ESCALADA PARA O PAPEL?

Aos 19 anos de idade e com pouquíssima experiência como atriz, John Carpenter escolheu Jamie Lee Curtis como parte de seu plano para homenagear o cineasta Alfred Hitchcock na produção. Diretor de clássicos como Um Corpo Que Cai (1958), Os Pássaros (1963) e Janela Indiscreta (1954), a admiração de John pelo mestre do suspense foi crucial para a escalação de Curtis.

A atriz é filha de Janet Leigh, a Marion Crane de Psicose (1960), um dos filmes mais aclamados da carreira de Hitchcock. O parentesco com a estrela do longa foi o suficiente para Carpenter dar uma chance a Jamie em seu filme, no qual ela interpretou a inocente e perseguida Laurie Strode.

2 | PRIMEIRO FILME DE UMA GRANDE ESTRELA

A jovem já havia iniciado sua carreira como atriz timidamente, em papéis nas séries de televisão As Panteras, O Caso das Anáguas e Columbo. Porém, sua primeira experiência no cinema aconteceu em Halloween - A Noite do Terror, e a atriz já revelou que o desafio a deixou bastante insegura.

Após o primeiro dia de filmagem, Jamie voltou para casa decepcionada com o seu desempenho em cena. Algum tempo depois, Carpenter ligou para a atriz e, ao atender o telefonema, ela jurou que seria demitida do projeto. No entanto, o diretor havia entrado em contato para parabenizá-la, dizendo estar muito satisfeito com o trabalho que ela estava desenvolvendo. Assim, Jamie se sentiu mais confiante para encarar os dias que seguiram no set.

3 | UMA PRODUÇÃO DE MILHÕES

Halloween - A Noite de Terror contou com um orçamento modesto para os padrões da época: apenas US$300 mil foram o suficiente para tirar o roteiro do papel. Contudo, ainda que tenha sido realizado com pouco dinheiro, o filme rendeu uma fortuna nas bilheterias. Com mais de 70 milhões de dólares arrecadados, a produção foi, por muitos anos, o terror independente mais lucrativo da história. Em 1999, o recorde do longa foi superado pelo lançamento de A Bruxa de Blair.

4 | EQUIPAMENTOS DE ÚLTIMA GERAÇÃO

Apesar de contar com um orçamento apertado, John Carpenter fez questão de não poupar gastos com as câmeras utilizadas em Halloween. O equipamento da Panavision, de ponta na época, custou US$70 mil, quase um quarto da verba disponível para a produção.

A Panaglide, a mais cara utilizada no longa, era diferente da maioria das câmeras vendidas no mercado. Os equipamentos eram quase todas fixas, e a tecnologia da Panaglide permitia que ela se movesse. Com a ajuda dessa inovação, o diretor conseguiu simular os olhos da audiência percorrendo os cenários do longa, tornando a experiência ainda mais imersiva e assustadora.

5 | MICHAEL MYERS É O CAPITÃO KIRK?

Bom, de certa forma, a resposta para essa pergunta é "sim".

Enquanto a produção buscava um rosto para A Forma, como também é chamado o assassino Michael Myers, o editor e designer Tommy Lee Wallace ficou incumbido de encontrar uma máscara horripilante para cobrir a face de Nick Castle, intérprete do vilão.

Na Hollywood Boulevard, ele visitou a Bert Wheeler Hollywood Magic, uma loja especializada em máscaras monstruosas de látex, muito famosa na década de 60. Ele se deparou com modelos baseados nos rostos do presidente Richard Nixon e do Sr. Spock, mas foi a máscara de James Tiberius Kirk, capitão da USS Enterprise na série clássica Star Trek, que mais chamou a sua atenção.

Ele então adquiriu o item e fez diversas customizações, como pintar os cabelos do acessório de castanho escuro, fazer um novo corte e cobrir o restante com uma tinta branca. Assim, o rosto de Michael Myers é, na verdade, uma adaptação dos traços do ator William Shatner.

6 | BASEADO EM FATOS

Antes de se tornar o assassino em série e algoz de Laurie Strode, Michael Myers passou anos de sua vida internado em uma clínica, sob os cuidados do doutor Sam Loomis (Donald Pleasence).

Parte desse conceito surgiu a partir das memórias de John Carpenter. Ainda na faculdade, o cineasta visitou um hospital psiquiátrico, onde conheceu uma criança. Segundo ele, o menino o encarou "com um olhar de maldade" e o fato o deixou completamente aterrorizado. O medo e desconforto que ele sentiu inspiraram a criação de Myers.

7 | ABÓBORAS EM FALTA

As festividades do Halloween, data na qual os eventos do longa se passam, possuem diversos símbolos nos Estados Unidos. Um dos principais são as abóboras, e não seria possível fazer um longa sobre o feriado sem que elas estivessem presentes.

Porém, as filmagens aconteceram durante a primavera, na Califórnia, e nessa época do ano, é quase impossível conseguir o item, o que levou a equipe à loucura. Três unidades do legume foram adquiridas com muito esforço, e uma delas deveria ser destruída em uma das cenas. Com toda equipe e elenco sob tensão, Carpenter precisou filmar a passagem em um único take - e conseguiu!

8 | UMA TRILHA SONORA DE DAR MEDO

Ao lado de Debra Hill, sua esposa na época, John Carpenter desenvolveu o roteiro de Halloween - A Noite do Terror, além de dirigir o longa. Porém, essas não foram as únicas contribuições do artista para a produção: Carpenter também compôs a marcante trilha sonora do filme.

A música, que utiliza o raro ritmo de 5/4, tempo aprendido por John com seu pai, foi composta em apenas quatro dias, e é uma das características mais aterrorizantes do filme.

9 | ASSASSINOS DE BABÁS?

Sim, The Babysitter Murders (Assassinos de Babás, em tradução livre) poderia ter sido o título do longa.

Segundo Irwin Yablans, produtor e distribuidor do filme, ele e sua esposa tiveram a ideia inicial para o roteiro. A princípio, os eventos narrados aconteceriam ao longo de vários dias, mas por conta do baixo orçamento, Debra e John decidiram concentrar o terror em uma única noite. Para reduzir o número de figurinos e cenários necessários, o dia escolhido foi o Halloween, que acabou dando o título definitivo para o projeto.

10 | MICHAEL MYERS DA VIDA REAL

Michael Myers era o nome do responsável pela distribuição de Assalto à 13ª DP (1976), segundo filme da carreira de John Carpenter, na Europa. O Myers "original" inscreveu o longa em mostras competitivas, e ajudou a produção a fazer mais sucesso na Inglaterra que nos Estados Unidos.

Como forma de agradecimento, embora bastante inusitada, Carpenter assim batizou o vilão. Contudo, o verdadeiro Michael Myers não pareceu muito satisfeito a princípio, e anos após o sucesso, brincou sobre o fato de a produção lhe dever royalties pelo uso não autorizado de seu nome.

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