Flee | 5 motivos para assistir ao filme, indicado em três categorias do Oscar 2022
Documentário em animação narra a trajetória de Amin, um jovem refugiado do Afeganistão
Os animadocs, misturas de animação e documentário, compõem um subgênero em ascensão no cinema.
Seja pela necessidade de preservar a identidade de seus protagonistas, ou para ilustrar cenas de maneira mais lúdica e criativa, esse tipo de produção passou a ganhar bastante destaque e relevância na indústria.
Um exemplo de animadoc de sucesso é o longa-metragem Flee - Nenhum Lugar Para Chamar de Lar, indicado a três estatuetas na última cerimônia do Oscar. Listado como Melhor Animação, Melhor Documentário e Melhor Filme Internacional, o longa dinamarquês fez história e quebrou um recorde inusitado: mesmo não tendo sido premiada, a obra foi a primeira a concorrer neste trio de categorias no mesmo ano.
Flee conta a história real de Amin Nawabi, que fugiu quando criança do Afeganistão. Ele teve que confiar em seus próprios instintos para chegar à Dinamarca, ainda bem jovem, onde vive até hoje. Agora, ele é um acadêmico de sucesso e pretende se casar com seu namorado de longa data, mesmo que segredos de um passado que ele esconde há mais de vinte anos ameacem arruinar a vida que ele lutou para construir. Amin, então, decide compartilhar sua história com um amigo próximo, relembrando as condições que forçaram sua família a fugir de sua terra natal, a dolorosa separação de seus irmãos na Rússia e como ele se descobriu um homem gay na Europa.
O longa chega aos cinemas do Brasil nesta quinta-feira (21), e nós da Ingresso.com separamos 5 motivos para assistir a essa sensível e inspiradora história nas telonas. Confira:
1 | CONTEXTO HISTÓRICO
A triste realidade que devasta a vida de muitos refugiados, obrigados a deixar seus lares para fugirem de guerras e perseguições, é o principal tema do longa. No caso de Amin, os conflitos que assolaram o Afeganistão na década de 1980 transformaram por completo a rotina e o destino de sua família.
O longa, majoritariamente apresentado através de animações, também traz imagens reais de arquivo, que ajudam a ilustrar o período e suas particularidades. É uma oportunidade de saber mais sobre a história do protagonista e de seu país de origem, através do relato de Amin e do contexto sociopolítico que o atravessa.
2 | IDENTIDADES PLURAIS
As adversidades enfrentadas por Amin enquanto refugiado são potencializadas por outras questões identitárias. Além das dificuldades com o idioma, cultura e burocracias para se estabelecer em uma nova nação, o jovem protagonista é gay - orientação sexual que, no Afeganistão, era demasiadamente invisibilizada: em dari, uma das línguas oficiais do país, não existia palavra para defini-la.
A maneira que o longa explora as descobertas de Amin enquanto um homem homossexual, durante sua infância e adolescência, são extremamente sensíveis, ajudam a romper estereótipos e, por vezes, servem até mesmo como um alívio cômico em meio ao drama que o rodeia.
3 | ANIMAÇÃO PARA ADULTOS
Como evidenciado anteriormente, o longa se trata de um animadoc, narrando experiências reais ilustradas com o auxílio de animações.
A linguagem vem ganhando espaço na atualidade, tanto nos cinemas quanto nos serviços de streaming: séries como Invencível, Rick e Morty e Bojack Horseman, além do longa nacional Bob Cuspe: Nós Não Gostamos de Gente, em stop motion, são provas de que o gênero só tem a crescer nos próximos anos. A capacidade de explorar situações e acontecimentos de maneira disruptiva, abusando de metáforas e algumas doses de surrealismo, dá liberdade aos produtores e encanta a quem assiste às animações desenvolvidas para o público adulto.
4 | PRODUTORES DE PESO
Por cerca de quatro anos, o diretor Jonas Poher Rasmussen gravou conversas com Amin, seu amigo desde a adolescência, na tentativa de descobrir a verdade sobre a origem misteriosa do jovem afegão.
Os registros dos relatos são a base do longa, tornando a história ainda mais realista, mesmo que seja graficamente narrada por ilustrações. A proposta inovadora chamou a atenção de dois artistas reconhecidos pelo grande público, que abraçaram o projeto: Riz Ahmed, estrela de O Som do Silêncio (2019) e Nikolaj Coster-Waldau, o Jaime Lannister da série Game of Thrones atuam como produtores executivos do filme.
5 | ACLAMADO PELA CRÍTICA
Além de ser triplamente indicado ao Oscar deste ano, Flee - Nenhum Lugar Para Chamar de Lar estreou em Sundance no ano passado, e foi ovacionado durante o festival. Não à toa, consagrou-se como o vencedor do Grande Prémio do Júri na competição internacional de documentários.
O longa também foi indicado como Melhor Animação e Melhor Documentário no BAFTA, e vem recebendo inúmeros elogios da crítica. No site Rotten Tomatoes, que reúne opiniões de especialistas em um ranking, a produção acumula 98% de aprovação, com mais de 180 críticas registradas.
Flee - Nenhum Lugar Para Chamar de Lar chega às telonas do Brasil nesta quinta-feira (21) - confira a programação do seu cinema favorito e garanta o seu ingresso através do nosso site ou app.
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