Nesta quinta-feira (12), chega aos cinemas de todo Brasil o drama “Síndrome da Apatia”, novo filme de Alexandros Avranas (‘Crimes Obscuros’).

Na trama, Sergei e Natalia são refugiados políticos que imigraram para Suécia com suas duas filhas, Katja e Alina, em busca de uma nova vida. Quando veem seu pedido de asilo negado, a notícia traumatiza a filha Katja a tal ponto, que ela entra em um “coma” misterioso, desenvolvendo uma condição conhecida como Síndrome da Apatia. Sergei e Natalia, então, tentam de tudo para conseguir o asilo e criar a atmosfera segura para que sua filha possa despertar.

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Ao retratar um drama baseado em eventos reais, o longa joga luz sobre um fenômeno perturbador: por que mais de 700 crianças na Suécia desenvolveram essa condição?

O QUE É A SÍNDROME DA APATIA?

A chamada de Síndrome da Apatia - ou Síndrome da Resignação - trata-se de uma condição psicológica que afeta crianças refugiadas ou em busca de asilo, com idades entre 8 e 15 anos, na Suécia.

Reportada pela primeira vez nos anos 1990, no país escandinavo, apenas em 2005 a doença foi oficialmente registrada. Atualmente, mais de 700 crianças ao longo dos anos já foram diagnosticadas com a síndrome.

Externamente, todas aparentam boa saúde: pele e cabelo saudáveis, além de pressão sanguínea e reflexos dentro da normalidade. Contudo, elas apresentam outros sintomas, tais como imobilidade, mudez, apatia e, em casos mais graves, distúrbios de alimentação, levando-as a um estado vegetativo, semelhante ao coma.

O QUE CAUSA A SÍNDROME DA APATIA?

De acordo com os especialistas, a síndrome é causada por dois fatores: os assédios sofridos em seus países de origem, e o medo de terem de retornar à antiga vida.

A violência da guerra, a fuga do país natal e a incerteza de serem deportadas, podem causar uma pressão psicológica tão grande que as crianças não encontram outra saída a não ser refugiar-se em si mesmas.

Além de ocorrer apenas na Suécia, a doença parece afetar crianças de perfis geográficos e étnicos mais vulneráveis, oriundas da antiga União Soviética e dos Balcãs, ou de origem cigana e yazidi.

TRATAMENTO E RECUPERAÇÃO

Ao observarem os casos, os especialistas chegaram à conclusão de que as crianças não ficam saudáveis até se sentirem 100% seguras, independentemente do local onde estejam. É necessário, então, apoio psicológico, de forma a ajudá-las a lidar com os traumas, além de garantir acesso a serviços de saúde e apoio social.

O Conselho Sueco de Saúde e Bem-Estar definiu que a solução para a síndrome é permitir que as famílias dessas crianças fixem moradia no país, já que quase 15% da população é de imigrantes. A Síndrome da Apatia tem cura, mas o processo costuma levar semanas, meses ou até anos.

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Promovendo uma reflexão profunda sobre os impactos psicológicos da imigração forçada de crianças, “Síndrome da Apatia” convida o público a mergulhar nessa história real e perturbadora, que expõe as consequências invisíveis da guerra.

“Síndrome da Apatia” estreia em 12 de junho, exclusivamente nos cinemas – garanta seu ingresso em nosso site ou app.