‘O Esquema Fenício’: 5 motivos para assistir ao novo filme de Wes Anderson nos cinemas

Nesta quinta-feira (29), acontece a estreia de “O Esquema Fenício” nos cinemas do Brasil, o mais novo filme do ganhador do Oscar, Wes Anderson (‘O Grande Hotel Budapeste’).

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O longa - dirigido por Anderson e roteirizado por Roman Copolla (‘Asteroid City’) - acompanha o excêntrico magnata Zsa-zsa Korda (Benicio del Toro), que já sobreviveu a seis acidentes de avião. Pai de nove filhos homens e de uma única menina, a freira Liesl (Mia Threapleton), ele decide nomeá-la como herdeira de todo o seu patrimônio. Antes disso, porém, ele pede a ajuda da jovem para garantir que seu projeto de vida saia do papel.

Confira abaixo 5 motivos para assistir “O Esquema Fenício” nos cinemas:

1 | A DIREÇÃO EXCÊNTRICA DE WES ANDERSON

Um dos cineastas mais reverentes de Hollywood, Anderson tem diversos clássicos em seu vasto currículo, como “O Fantástico Sr. Raposo” (2009), “O Grande Hotel Budapeste” (2014), “A Crônica Francesa” (2021) e “Asteroid City” (2023).

Conhecido por ter um estilo visual único, o diretor marca sua estética singular em “O Esquema Fenício”. Dividido em atos, o filme traz a marca pessoal de Anderson a todo instante: cenários com cores vibrantes e tons pastéis, acompanhados de enquadramentos simétricos. O espectador é uma figura onipresente na narrativa, e aos poucos, vai emergindo na tela juntos aos personagens.

2 | A PARCERIA DE ANDERSON COM ROMAN COPPOLA

“O Esquema Fenício” marca a sétima colaboração entre o diretor e o roteirista. A parceria começou em “A Vida Marinha com Steve Zissou” (2004) e “Viagem a Darjeeling” (2007), onde Coppola trabalhou inicialmente como assistente de Anderson. “Moonrise Kingdom” (2012) marcou a primeira vez de Coppola assinando um roteiro para o diretor, seguido por “Ilha dos Cachorros” (2018), “A Crônica Francesa” (2021) e “Asteroid City” (2023).

Em “O Esquema Fenício”, Coppola traz diálogos rápidos e exagerados, focados nas relações dos personagens, bem como na introspecção do protagonista. O script se comunica bem com a direção do filme, provando mais uma vez que a parceria entre os dois cineastas sempre é sinônimo de sucesso.

3 | ELENCO RECHEADO DE TALENTOS

Desde o início de sua carreira, Anderson trabalhou com uma lista de atores de dar inveja. Desta vez, não é diferente.

Junto aos protagonistas Benicio del Toro (‘Sicário: Terra de Ninguém’) e Mia Threapleton (‘The Buccanners’), também temos nomes como Michael Cera (‘Scott Pilgrim Contra o Mundo’), Tom Hanks (‘Forrest Gump’), Willem Dafoe (‘Nosferatu’), Jeffrey Wright (‘American Fiction’), Bill Murray (‘Ghostbusters’), Scarlett Johansson (‘Viúva Negra’), Bryan Cranston (‘Breaking Bad’), Riz Ahmed (‘Venom’) e Benedict Cumberbatch (‘Doutor Estranho’) no elenco.

Del Toro apresenta um protagonista distante, mas que aos poucos se integra ao espectador. O destaque, contudo, fica para Threapleton e Cera: ambos fazem suas estreias em um filme de Anderson e cada um traz sua própria contribuição para os papéis.

Threapleton tem uma atuação magnética e que consegue ser charmosamente expressiva, mesmo no estilo mais peculiar, minimalista e teatral com que Anderson costuma conduzir. Já Cera é responsável pela maior parte da comédia do longa interpretando Bjorn, um etimologista que se torna tutor de Korda. No papel, o ator traz um frescor necessário para os momentos mais apáticos do filme, garantindo cenas bastante divertidas.

4 | A TRILHA SONORA DE ALEXANDRE DESPLAT

Alexandre Desplat é colaborador de longa data do diretor, trabalhando em filmes como “Moonrise Kingdom” (2012) e “O Grande Hotel Budapeste” (2014) - este último, inclusive, lhe garantiu um Oscar de Melhor Trilha Sonora. No novo trabalho, fica nítido como o compositor se diverte: a primeira cena, cheia de ação frenética, mostra uma trilha impactante, ditando o tom da produção já nos seus primeiros minutos.

A força musical se mantém, alternando entre harmonias suaves e composições intensas que potencializam as cenas mais agitadas. Além da trilha original, Desplat também utilizou diversas músicas clássicas, assinadas por Robert Corben, Jerry Horowitz e Igor Stravinsky.

5 | PROTAGONISTAS CATIVANTES

A complexa relação dos personagens principais, interpretados por Del Toro e Threapleton, é um dos pontos fortes da narrativa.

Del Toro interpreta o frio e indiferente Zsa-zsa Korda que, ao sobreviver a sexta tentativa de assassinato, decide que precisa apontar alguém como seu herdeiro. Apesar de ter nove filhos, o magnata escolhe Liesl (Threapleton) como sucessora de sua vasta fortuna.

O forte senso de moral de Liesl versus a indiferença de Korda dão o tom de todo o filme. Através dos planos de Korda de realizar um contrato jamais visto antes, pai e filha vão se aproximando lentamente. Com cada nova visita aos diversos empresários com quem Korda precisa negociar, um vislumbre de sua vida e de suas decisões é mostrado, o que faz Liesl ter uma ideia melhor de quem seu pai realmente é.

“O Esquema Fenício” já está em cartaz nos cinemas do Brasil – garanta seus ingressos por meio de nosso site ou app.