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‘Lilo e Stitch’ 23 anos depois: por que o filme ainda emociona?
Live-action inspirado na clássica animação de 2002 estreia hoje nos cinemas

Lançado em 2002 pela Disney, “Lilo & Stitch” conquistou o público com sua mistura única de humor, aventura e profundidade emocional. Duas décadas depois do seu lançamento, o longa segue tocando corações e emocionando pessoas de todas as idades.
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Nesta quinta-feira (22), a adaptação em live-action da animação chega aos cinemas. Depois de se tornar a maior pré-venda do ano da Ingresso.com, a expectativa é de que o novo “Lilo & Stitch” leve milhões de pessoas aos cinemas, 23 anos após a estreia do original.
Mais de duas décadas depois, o que faz a história de uma garota havaiana e seu amigo alienígena seguir encantando o público?
TEMAS UNIVERSAIS DE FAMÍLIA E PERTENCIMENTO
Diferente de muitos filmes da Disney, a premissa de “Lilo & Stitch” não gira em torno de princesas ou vilões clássicos, mas sim de uma família pouco tradicional: Lilo, uma criança solitária que perdeu os pais, e Nani, sua irmã mais velha que luta para criá-la em meio ao luto. O relacionamento da dupla representa um retrato realista de amor e resiliência.
Stitch, o Experimento 626, um ser criado para destruir, encontra redenção e acolhimento nessa família incomum. “Ohana significa família, e família significa nunca abandonar ou esquecer”, mensagem emblemática do filme, ressoa em pessoas de todas as idades até os dias atuais.
REPRESENTATIVIDADE DA CULTURA HAVAIANA
Diferente de muitas obras que exploram culturas e cenários diversos apenas como um pano de fundo, “Lilo & Stitch” mergulha profundamente nas tradições havaianas, integrando-as à narrativa e à identidade dos personagens.
Enquanto outras produções reduzem o Havaí a paisagens paradisíacas e clichês turísticos, o filme mostra o dia a dia de seus habitantes, indivíduos com personalidades distintas e histórias pessoais, como a das próprias irmãs.
PERSONAGENS COMPLEXOS E HUMANOS
Lilo não é uma típica protagonista infantil. Ela é peculiar, com uma imaginação única que reflete a solidão de alguém que não se encaixa nos padrões vigentes. É uma criança temperamental e suas “birras” não são gratuitas, mas sintomas de uma criança que não sabe processar a dor.
Enquanto isso, Nani não é a irmã “heroína” ou uma figura materna idealizada, e apresenta falhas e imperfeições ao encarar a responsabilidade de criar uma criança. Até mesmo Stitch, a essência do caos, apresenta um arco emocionante ao desconstruir sua natureza destrutiva ao longo da história.
O público se identifica com as adversidades, e o final feliz que a família alcança não parece irreal, mas algo palpável e genuinamente inspirador.
EQUILÍBRIO ENTRE AS EMOÇÕES
Comédia, aventura e drama se mesclam de forma orgânica e emocionalmente impactante em “Lilo & Stitch”. As trapalhadas do extraterrestre garantem boas risadas, assim como algumas situações em que Lilo se coloca junto de seu amigo alienígena. Contudo, o filme não foca apenas nas cenas cômicas: o humor sempre surge com um propósito narrativo – seja para aprofundar o vínculo entre Lilo e Stitch, ou para contrastar com os momentos de maior peso emocional.
E são essas passagens sensíveis que ditam o tom do filme. A animação não tem medo de explorar cenas mais duras, como a ameaça de separação das irmãs ou os flashbacks traumáticos de Stitch. O resultado? Uma história que emociona sem ser excessiva, diverte sem ser superficial e mantém uma autenticidade única.