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‘Extermínio – A Evolução’: como os infectados do novo filme se diferenciam dos demais?
Longa já está em cartaz nos cinemas

[ATENÇÃO: O TEXTO A SEGUIR CONTÉM SPOILERS DE “EXTERMÍNIO: A EVOLUÇÃO”]
Nesta quinta-feira (19), estreou nas telonas brasileiras “Extermínio: A Evolução”, terceiro filme da aclamada franquia de ficção científica e zumbis.
Dirigido por Danny Boyle e roteirizado por Alex Garland – dupla responsável pelo original de 2002 –, o novo capítulo se passa quase três décadas após o colapso do vírus da raiva, e essa distância temporal altera profundamente a forma como os infectados são retratados. A narrativa abandona o caos imediato do surto para focar nas consequências de longo prazo, revelando um mundo moldado pelo tempo, tanto no cenário quanto na relação entre humanos e criaturas.
Entre as grandes novidades, uma das mais intrigantes está na forma como os zumbis e apresentam nesta nova fase da série. Antes de assistir a “Extermínio – A Evolução” nos cinemas, confira as principais diferenças que tornam essa nova geração de infectados ainda mais intensa, complexa e imprevisível:
VARIAÇÕES DE BIOTIPO
O novo filme introduz mutações físicas inéditas na saga, tendo como a mais impactante a dos chamados Alfas: dotados de grande estatura, extremamente fortes e resistentes, eles lideram grupos compostos por outros semelhantes.
Segundo a trama, eles surgiram a partir de variações genéticas desconhecidas do vírus, que afetam apenas determinados indivíduos. Os Alfas exigem mais esforço para serem neutralizados, frequentemente sobrevivendo a múltiplos disparos.
Além deles, o longa também apresenta os Rastejadores, uma categoria de infectados mais lentos, obesos e aparentemente menos agressivos, que se alimentam principalmente de larvas e, como o nome indica, deslocam-se rastejando. Eles parecem mais confusos, assustados e até vulneráveis, o que contrasta com as atitudes impulsivas e violentas dos infectados tradicionais.
MAIOR INTELIGÊNCIA
Outro aspecto que chama atenção em “Extermínio: A Evolução” é o avanço cognitivo dos infectados, que agora agem com estratégia e demonstram reações cada vez mais racionais. Os grupos operam de forma organizada, com hierarquia definida – liderados pelos Alfas –, e exibem sinais claros de comunicação e coordenação durante os ataques. Em determinados momentos, é o Alfa quem emite o comando que orienta o bando, sempre sinalizando para que avancem antes dele em direção ao alvo.
Há também indícios de reconhecimento emocional. Em uma cena marcante, após a morte de uma infectada, o Alfa reage com raiva e tristeza, expressando um luto que sugere algum tipo de laço afetivo ou, até mesmo, uma forma primitiva de vínculo entre os dois.
Já em outro trecho, um rastejador criança, ao presenciar a neutralização de dois infectados adultos, foge assustado ao ver os humanos, revelando não apenas medo, mas uma possível compreensão de uma situação perigosa.
Esses comportamentos elevam os infectados de meros vetores de violência para criaturas que se adaptam, sentem e reagem ao ambiente, o que torna sua ameaça ainda mais imprevisível e assustadora.
APARÊNCIA MAIS DESGASTADA
Como a história se passa cerca de 28 anos após o surto inicial, os infectados exibem mudanças visíveis em sua aparência.
Muitos estão nus ou cobertos por trapos, com a pele deteriorada e os corpos marcados pelo tempo. É possível notar que alguns aparentam estar mais magros e fracos em relação a outros, deixando implícito que tenham sido transformados há mais tempo. Essa degradação física reflete não somente a infecção do vírus, mas também à total ausência de civilização, higiene ou qualquer estrutura social.
O novo visual contribui para um tom ainda mais brutal e realista, reforçando a ambientação de um mundo completamente colapsado, em que a ameaça não está apenas na agressividade dos infectados, mas em sua adaptação plena a um ecossistema caótico.
Iniciada em 2002, a franquia “Extermínio” rapidamente conquistou o público e a crítica com sua abordagem intensa e realista sobre uma epidemia global. Estrelado pelo vencedor do Oscar de Melhor Ator, Cillian Murphy (‘Oppenheimer’), o primeiro filme surpreendeu nas bilheteiras, arrecadando expressivos US$ 82,7 milhões ao redor do mundo. O sucesso consolidou a produção como um marco no gênero de terror, levando ao lançamento de uma sequência cinco anos depois, que expandiu o universo dos infectados.
Agora, com Murphy retornando como produtor executivo, o terceiro capítulo acompanha Aaron Taylor-Johnson e Jodie Comer nos papéis de Jamie e Isla, respectivamente, integrantes de um grupo de sobreviventes que vive isolado em uma pequena ilha, conectada ao continente por uma única passagem fortemente protegida. Quando um dos membros da comunidade decide deixar o refúgio em uma missão rumo ao coração sombrio do continente, ele descobre segredos, maravilhas e horrores que causaram mutações não apenas nos infectados, mas também em outros remanescentes.
Além de Taylor-Johnson e Comer, o elenco de “Extermínio – A Evolução” ainda conta com a participação de talentos conhecidos, como Ralph Fiennes (‘Conclave’), Jack O’Connell (‘Invencível’) e Alfie Williams – garanta seus ingressos por meio de nosso site ou app.