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‘Como Treinar o Seu Dragão’ misturou efeitos práticos e CGI para dar vida à ilha de Berk
Longa já está em cartaz nos cinemas do Brasil

Com sessões antecipadas ocorrendo desde o último sábado (7), “Como Treinar o Seu Dragão” enfim realizou sua aguardada estreia oficinal nas telonas brasileiras nesta quinta-feira (12).
O longa - dirigido por Dean Deblois, responsável pela trilogia da animação original – centra-se em Soluço, um jovem viking interpretado por Mason Thames (‘O Telefone Preto’), que não possui a capacidade de lutar contra dragões, uma tradição local. Sua vida muda quando ele ajuda Banguela, uma dessas criaturas, que lhe faz enxergar a relação entre humanos e dragões de forma totalmente nova. Juntos, eles terão de provar que podem sim viver em harmonia.
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Quando a adaptação para o live-action foi anunciada, muitos fãs ficaram receosos de como a animação se traduziria para uma versão mais realista, especialmente em relação aos dragões e suas representações convincentes na tela.
O próprio Deblois compartilhava dessa preocupação. Por isso, o diretor dedicou um ano inteiro e um investimento de aproximadamente US$ 50 milhões somente na pré-produção, com o objetivo de recriar Berk, Banguela e os demais dragões de forma a superar as expectativas do público.
Contudo, como a equipe conseguiu alcançar esse realismo?
COMO FOI POSSÍVEL PRODUZIR O LIVE-ACTION ‘COMO TREINAR O SEU DRAGÃO’?
Em uma entrevista recente ao portal NBC Insider, o diretor revelou que utilizou uma combinação de técnicas - incluindo pesquisas de campo, CGI (imagens geradas por computador), efeitos práticos e marionetes - para criar os dragões mais autênticos na nova versão de “Como Treinar o Seu Dragão”.
Na animação original, uma adaptação dos livros homônimos de Cressida Cowell, Deblois e Chris Sanders (‘Lilo e Stitch’), diretores do original, junto com o animador Simon Otto, criaram o design dos dragões de acordo com as ilustrações do livro – algo mais suave, colorido e menos aterrorizante. Para o live-action, porém, Deblois queria dar um toque maior de realismo às criaturas que assolam a Ilha de Berk:
“Cressida Cowell fez a coisa genial de ter diferentes espécies com personalidades, visuais e habilidades muito específicas”, explicou o diretor. “Mas é o temperamento que dá a eles o destaque e presença em tela. Então, começamos com a ideia de que, ainda que nas animações os designs fossem mais caricatos, precisávamos reinventá-los sem perder sua essência”.
Para isso, Deblois acrescenta que mergulhou em pesquisas de campo. Visitou zoológicos e estudou anatomia animal para reconstruir os designs dos dragões no mundo real:
“Nós começamos a pensar em referências de animais, seja um crocodilo, um pássaro tropical, uma morsa ou, no caso do Banguela, uma pantera negra”, detalhou. “Nós realmente estudamos todos esses animais. Tentamos colocar toda a estrutura muscular e esquelética deles, as mudanças de cor nas escamas, todos esses pequenos detalhes, que na animação nós simplificamos para um design mais estilizado”.
Porém, esse não era o único problema. Um outro obstáculo para o realismo seriam as cenas de voo, onde humanos montavam dragões. A solução da equipe, então, foi montar marionetes das criaturas aladas.
Esculturas com pontos digitais foram criadas pela equipe de Efeitos Visuais, de forma a dar aos atores pontos tangíveis e realísticos de interação durante as filmagens. Mais tarde, esses pontos passariam por uma transformação em CGI, ligando a tecnologia com os efeitos práticos. A movimentação dos dragões, contudo, ficaria por conta dos marionetistas.
Para Banguela, por exemplo, que interage constantemente com Soluço (Thames), foram construídas diversas cabeças, cada uma desenhada para ações específicas na história. Eles tinham uma marionete de “cabeça de herói”, que foi utilizada para a maior parte das cenas de contato, e fizeram uma “cabeça de briga”, para as sequências mais explosivas. Ao todo, cinco marionetistas trabalhavam juntos para trazer Banguela a vida: um para a cabeça, outra para o torso e três apenas para controlar seu rabo.
Lançada em 2010, a franquia animada conquistou uma considerável base de fãs. O primeiro filme recebeu notáveis 99% de aprovação da crítica no Rotten Tomatoes, e deu origem a uma trilogia. Os três títulos somam mais de US$ 1,6 bilhão em bilheteria global. A saga ainda conta com uma série de televisão e quatro curtas-metragens.
Além de Thames, o elenco do novo longa ainda conta com a presença de diversos talentos conhecidos, como Gerard Butler (Stoico), Nico Parker (Astrid), Nick Frost (Bocão), Julian Dennison (Perna-de-Peixe), Gabriel Howell (Melequento), Bronwyn James (Cabeçaquente) e Harry Trevaldwyn (Cabeçadura).
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