Disney 100: 11 personagens que representam a história e cada década de sucesso do estúdio - Ingresso.com
Logo da Ingresso.com
  • Notícias
  • >
  • Disney 100: 11 personagens que representam a história e cada década de sucesso do estúdio

Disney 100: 11 personagens que representam a história e cada década de sucesso do estúdio

Centenário da empresa é celebrado nesta segunda-feira (16)

Mariana Assumpção16/10/2023 | 20:52
Disney 100: 11 personagens que representam a história e cada década de sucesso do estúdio

Há exatos 100 anos, no dia 16 de outubro de 1923, a The Walt Disney Company era fundada. Originalmente chamada de Disney Brothers Cartoon Studio, a empresa foi criada por Walter e seu irmão, Roy, mas não demorou muito para que o famoso empreendedor assumisse a companhia, desse seu nome a ela e mesclasse sua essência com a história de cada um de seus personagens.

Durante um século, celebrado nesta segunda-feira, centenas de longas, curtas e séries, animados ou em live-action, foram lançados pela Disney. Ao longo dos anos, a empresa se dividiu em alguns braços corporativos distintos, que se dedicam a lançar novidades voltadas aos diferentes públicos apaixonados pelo estúdio.

A Disney atravessou guerras e drásticas mudanças sociais ao longo de seus 100 anos de atividade. Essas transformações, inevitavelmente, se refletiram em suas narrativas e personagens, sempre cativantes e conectados a suas épocas.

Nesta lista, separamos as criações da Disney por década, e explicamos como cada uma delas representa um momento único da empresa e de sua centenária história de sucesso. Confira:

#1 | 1920 | MICKEY MOUSE

Nada mais justo que iniciarmos esta seleção com o icônico Mickey Mouse, desenvolvido por Walt Disney e Ub Iwerks, seu animador-chefe.

Mickey nasceu logo depois que Walt perdeu os direitos sobre Oswald, o Coelho Sortudo, criado no ano anterior. Depois de fazer quase 30 curtas de animação estrelados pelo personagem, Disney se deu conta de que o distribuidor dos desenhos animados havia agido sem o seu consentimento, manipulando contratos para que ele não pudesse mais fazer uso de Oswald em suas produções.

Foi a partir dessa necessidade que Walt criou o Mickey Mouse, que chegou ao mundo por meio do desenho animado "O Vapor Willie" (Steamboat Willie, no original). A animação estreou em 18 de novembro de 1928 no Colony Theatre, em Nova Iorque, e as críticas positivas ajudaram a tornar o Mickey um dos personagens mais populares do planeta, e ícone máximo da Disney.

#2 | 1930 | BRANCA DE NEVE

Foi nessa década, mais especificamente em 1937, que a Disney lançou seu primeiro longa-metragem em animação, o clássico "Branca de Neve e os Sete Anões".

Apesar do fato de que até mesmo os artistas envolvidos na produção não acreditavam no sucesso do longa, seu lançamento em dezembro daquele ano provou que eles estavam errados: algumas semanas depois, "Branca de Neve e os Sete Anões" se tornou a maior bilheteria da história do cinema, sendo superado pela superprodução "E o Vento Levou" (1939).

No Oscar do ano seguinte, o filme fez com que Walt Disney recebesse um reconhecimento honorário por sua inovação. Das mãos da pequena Shirley Temple, o cineasta ganhou uma estatueta padrão do Oscar e outras sete em miniatura, representando os personagens principais do filme.

#3 | 1940 | ZÉ CARIOCA

Apesar de ter produzido animações baseadas em contos estrangeiros anteriormente, como "Pinóquio" (1940) e o já citado "Branca de Neve e os Sete Anões", a Disney sempre se limitou a retratar histórias que se passavam no eixo Estados Unidos-Europa.

Foi apenas em "Alô, Amigos", longa-metragem lançado em 1942, que o estúdio trouxe para as telonas personagens e cenários típicos da América do Sul, fruto da interpretação da cultura latina pelos olhos do próprio Walt Disney e de sua equipe, após visitas a países como o Brasil, Peru e Bolívia.

O longa também marcou a estreia do inesquecível Zé Carioca, o papagaio baseado na imagem do “malandro” do Rio de Janeiro, que também foi estrela de "Você Já Foi à Bahia?" (1944).

Ambas as produções foram motivadas pelos eventos da Segunda Guerra Mundial, fazendo parte da chamada Política da Boa Vizinhança. Walt Disney e sua equipe foram enviados ao Brasil pelo presidente Franklin D. Roosevelt, para estudar nossas terras e cultura e retratá-las da forma mais positiva possível.

A manobra, além de trazer novos personagens e histórias para o catálogo do estúdio, foi uma tentativa de manter países latino-americanos afastados do nazismo e do fascismo europeu, e criar laços diplomáticos com os Estados Unidos durante o conflito que assolava o planeta.

#4 | 1950 | JIM HAWKINS

Depois das dificuldades enfrentadas durante a grande guerra, a Disney voltou a investir em animações clássicas e grandiosas, como foi o caso de "Cinderella" (1950).

Contudo, Walt não esteve tão envolvido nesta produção como nas anteriores, uma vez que já estava à frente de um lançamento que mudaria para sempre os rumos do estúdio: a estreia de "A Ilha do Tesouro" (1950), primeiro longa-metragem da Disney totalmente em live-action.

Algumas restrições do pós-guerra o impediram de transferir os lucros de seus desenhos animados para fora do Reino Unido: o Plano Marshall foi uma iniciativa americana para ajudar a reconstruir os países europeus, que determinava que lucros obtidos com os filmes exibidos num país não poderiam ser transferidos. Uma vez que as animações faturavam milhões nas ilhas britânicas, Walt usou as instalações existentes no país para produzir "A Ilha do Tesouro", filmado na Inglaterra com os lucros congelados da Disney no Reino Unido.

A aventura narra a história do livro homônimo, escrito por Robert Louis Stevenson, e traz o ator Bobby Driscoll na pele do protagonista Jim Hawkins. A trama já foi adaptada pela Disney em outras duas ocasiões: no longa "Os Muppets na Ilha do Tesouro", em 1996; e na animação "O Planeta do Tesouro" (2002), ambos disponíveis no Disney+.

Apesar do estúdio ser reconhecido por adaptações que adequam narrativas a todas as idades, lapidando o material de origem para que o resultado esteja livre de violência ou excesso de drama, isso não aconteceu em "A Ilha do Tesouro", que traz cenas de luta e conflito bastante gráficas.

#5 | 1960 | MARY POPPINS

Depois que "A Bela Adormecida" (1959) custou uma fortuna e teve uma recepção bem aquém do esperado nas bilheterias, Walt decidiu investir no inovador Método Xerox, que transferia as ilustrações para folhas de acetato de celulose sem a necessidade de um arte-finalista, bareteando significativamente o processo de produção.

"Os 101 Dálmatas" (1961) foi o primeiro a usar essa tecnologia em totalidade, já que seria bastante custoso animar mais de uma centena de cãezinhos malhados de forma totalmente artesanal. Em paralelo à nova tecnologia, Walt Disney seguia na trilha de um sonho antigo: adaptar as aventuras de uma babá mágica, estrela de uma série de livros escrita por P.L. Travers, para os cinemas.

"Mary Poppins" (1964), protagonizado por Julie Andrews e Dick Van Dyke, foi o primeiro longa-metragem da Disney a concorrer na categoria de Melhor Filme no Oscar, e o único que Walt, em vida, pôde ver alcançar tal feito.

Indicado a 13 categorias na cerimônia de 1965, "Mary Poppins" levou 5 estatuetas do Oscar para casa: Melhor Atriz, Trilha Sonora, Canção Original, Edição e Efeitos Visuais. Esta última, inclusive, está diretamente ligada à técnica do Sodium Vapor Process (Processo de Vapor de Sódio), inventada pelo engenheiro Petro Vlahos e usada no filme para mesclar atores reais e animação, de uma forma jamais vista.

#6 | 1970 | ROBIN HOOD

Walt Disney sempre imprimiu sua marca em tudo que a empresa produzia - desde o simpático camundongo Mickey, até a Disneyland, parque fundado em 1955. Sendo assim, a The Walt Disney Company sentiu o impacto do falecimento de seu criador, ocorrido em 15 de dezembro de 1966.

Roy Disney, que também ajudou a fundar o estúdio, assumiu os negócios, mas morreu cinco anos após o irmão, em 20 de dezembro de 1971. Assim, a companhia carecia de um novo direcionamento, que mantivesse a identidade Disney nos trilhos.

A década de 1970 foi uma das mais desafiadoras nesse sentido, contudo, o lançamento de "Robin Hood" (1973) provou que o estúdio ainda conseguia encantar o público com um conto de fadas lúdico e produzido em animação.

A lenda do arqueiro que roubava dos ricos para dar aos pobres foi protagonizada por raposas, aves, ursos e lobos antropomorfos, sem a presença de nenhum personagem humano - o último filme da Disney estrelado apenas por animais foi "Bambi" (1942).

Assim como "Aristogatas" (1970), que trouxe o ritmo e a cultura do Jazz para o universo da Disney, a trilha sonora de "Robin Hood" mesclava o folk e o country a um cenário medieval, aliando tendências da época aos elementos dos contos de fadas clássicos do estúdio.

#7 | 1980 | ARIEL

Entre os anos 1970 e 1980, a Disney decidiu apostar em temáticas mais sombrias em suas animações, como é o caso das tramas de "Bernardo e Bianca" (1977) e "O Caldeirão Mágico" (1985).

Após amargar alguns insucessos de público e crítica, a empresa decidiu voltar a explorar adaptações de contos consagrados, dando início a um período conhecido como Renascimento Disney.

"A Pequena Sereia" (1989) foi o primeiro filme de animação lançado nessa nova fase, e as composições "Kiss The Girl" e "Under The Sea", ambas concorrentes na categoria de Melhor Canção Original do Oscar, já eram um prenúncio de que a era dos longas musicais começava ali.

Howard Ashman foi um letrista extremamente sensível que, ao lado do compositor Alan Menken, aliou os desenhos da Disney ao teatro musical e estabeleceu um novo padrão para os longas do estúdio. As canções contagiantes dos protagonistas e a tradição da "música do vilão" começaram com Ariel e Úrsula, a antagonista inspirada na drag queen Divine.

#8 | 1990 | SIMBA E WOODY

A década de 1990 foi tão marcante para a Disney, que é impossível escolher apenas um personagem para representar esse período. De um lado, Simba, o simpático príncipe da Savana Africana, levou milhares de adultos e crianças às lágrimas ao sofrer com a morte de Mufasa, seu pai, em "O Rei Leão" (1994).

Seguindo a tendência iniciada em "A Pequena Sereia", talentos da música como Elton John e Hans Zimmer estiveram envolvidos na produção. Não à toa, "O Rei Leão" ganhou os Oscars de Melhor Trilha Sonora e Melhor Canção Original (Can You Feel the Love Tonight).

Logo depois da animação, livremente inspirada na tragédia "Hamlet", de William Shakespeare, as crianças noventistas foram agraciadas com o lançamento de "Toy Story" (1995), estrelado pela Xerife Woody, e primeira animação desenvolvida inteiramente por computação gráfica.

Sim, algumas já utilizavam a técnica pontualmente, mas nunca havia se criado um longa-metragem totalmente animado por CGI (Imagens Geradas por Computador). Alguns anos depois, com a estreia de "Ursinho Pooh" (2011), a Disney abandonou o processo de 2D tradicional e passou a lançar nos cinemas apenas animações geradas por computador.

#9 | 2000 | NEMO

Em 2002, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas criou o prêmio de Melhor Filme de Animação, conquistado nesse ano por "Shrek", da Dreamworks. Apesar de sua tradição em desenhos animados, a Disney só venceu essa categoria em 2004, com o lançamento do aclamado "Procurando Nemo".

Temáticas como família, amizade e respeitos às diferenças começaram a ser mais frequentes nos enredos dos filmes da Disney. "Procurando Nemo" foi produzido após a compra da Pixar pela empresa, e ajudou a consolidar o novo braço do estúdio como um dos mais promissores da época.

#10 | 2010 | OS VINGADORES

Ninguém melhor para representar a década passada que eles, os super-heróis mais amados do planeta, estrelas do sucesso "Os Vingadores" (2012) e da saga cinematográfica mais significativa desse período.

O Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) começou a se expandir após a compra da Marvel Entertainment pela The Walt Disney Company, em 2009. Alguns anos depois, todos os filmes produzidos pela Marvel Studios passaram a ser distribuídos pela Disney, que já dedica áreas em alguns de seus parques aos personagens.

Os longas inspirados nos quadrinhos, assim como toda a franquia Star Wars, representam alguns dos filmes e séries mais bem-sucedidos da história da Disney, e moldaram um gênero de aventura que segue dominando as bilheterias recentes. "Vingadores: Ultimato" (2019) e "Star Wars: O Despertar da Força" (2015) figuram no Top 5 das maiores arrecadações da história do cinema.

#11 | 2020 | ASHA

Em 2023, ano do centenário da The Walt Disney Company, a empresa passa a lançar uma série de conteúdos para celebrar a data e, de quebra, presentear os fãs com produções que reúnem o melhor do clássico e do novo em um só lugar.

Uma delas é "Wish: O Poder dos Desejos", na qual Asha, uma jovem espirituosa e sonhadora, vive no mágico reino de Rosas. Um dia, ela faz um desejo poderoso, e acaba sendo atendida por uma força cósmica: uma pequena esfera de energia, chamada Estrela.

Decidida a enfrentar um inimigo implacável, o Rei Magnífico, que traz de volta a essência dos vilões da Disney para as telas, Asha se mostra determinada a ser justa com seu povo, que pode e merece ter seus sonhos realizados.

A animação é dirigida por Chris Buck, e conta com as vozes de Ariana DeBose, Chris Pine e Alan Tudyk na versão original. Dos produtores de "Frozen - Uma Aventura Congelante" (2014) e "Encanto" (2021), sucessos recentes e absolutos da Disney, "Wish: O Poder dos Desejos" promete encantar crianças e adultos nas telonas.

O filme estreia no Brasil em 4 de janeiro de 2024, exclusivamente nos cinemas.

Agora, além de marcar presença no Instagram, Facebook e Youtube, a Ingresso.com também está no Whatsapp! Faça parte do nosso canal oficial e fique por dentro das últimas notícias sobre o universo do cinema e da cultura pop - acesse o link e participe!

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.