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Conheça o conto de George R. R. Martin que inspirou o filme ‘Nas Terras Perdidas’
Fantasia sombria com Milla Jovovich e Dave Bautista estreia hoje nos cinemas

Nesta quinta-feira (17), estreia nas telonas brasileiras o longa “Nas Terras Perdidas”, nova aventura fantástica dirigida por Paul W.S. Anderson, conhecido por comandar a franquia cinematográfica “Resident Evil” (2002).
Estrelado por Milla Jovovich, como Gray Alys, uma poderosa feiticeira, e Dave Bautista, como o caçador responsável por guiá-la, o longa promete uma jornada imersiva por um mundo marcado por magia, criaturas misteriosas e paisagens sombrias – onde cada desejo realizado pode trazer consequências inesperadas.
CONHEÇA A HISTÓRIA QUE INSPIROU “NAS TERRAS PERDIDAS”
O enredo de “Nas Terras Perdidas”, assinado por Paul W.S. Anderson ao lado de Constantin Werner, adapta o conto homônimo do renomado escritor George R. R. Martin – o mesmo criador da série literária “As Crônicas de Gelo e Fogo” (1996), que originou o fenômeno global “Game of Thrones” (2011).
A trama do filme se assemelha à da obra original, em que uma rainha deseja obter o dom da transmutação e recorre aos serviços da enigmática feiticeira Gray Alys. Para atender ao pedido, Alys parte rumo a uma selva fantasmagórica e hostil, acompanhada de Boyce, um caçador solitário. Juntos, eles devem superar homens e demônios em uma fábula que explora a natureza do bem e do mal, dívida e realização, e amor e perda.
A TRAJETÓRIA LITERÁRIA DE “NAS TERRAS PERDIDAS”
Em uma postagem realizada em seu blog oficial, em fevereiro de 2023, George R. R. Martin revelou que o conto “Nas Terras Perdidas” representou uma mudança de direção em sua carreira, até então centrada na ficção científica:
“(...) ‘Nas Terras Perdidas’ foi um pouco diferente, pura fantasia. Eu amava fantasia tanto quanto ficção científica, mas nos anos 1970 e 1980 não havia muito mercado para contos desse tipo”.
Originalmente lançada em 1982 na antologia “Amazons II”, a história foi republicada em “Portraits of His Children” (1987). Em 2003, passou a integrar a coletânea “Dreamsongs: Volume I”, publicada pela Subterranean Press – uma edição especial que, devido ao volume extenso, foi dividida em dois livros nas reedições comerciais.
UMA PERSONAGEM QUE PODERIA TER SEQUÊNCIAS
Na mesma publicação, o escritor revelou que Gray Alys não foi concebida como uma personagem isolada. A intenção inicial era que “Nas Terras Perdidas” fosse apenas o primeiro de uma série de contos dedicados à feiticeira:
“Era para ser o primeiro de uma série de histórias sobre Gray Alys (...) Eu queria escrever seis, oito ou dez contos e depois juntá-los em uma coletânea, ou talvez um romance ‘de concerto’. Essa era uma abordagem comum naquela época. E eu mesmo a usei com outro personagem, Haviland Tuf. Escrevi uma série de contos de Tuf, e depois um intersticial para uni-los. Os publiquei como ‘Tuf Voyaging’”, compartilhou Martin.
No entanto, o projeto nunca avançou. Ele disse que chegou a começar uma segunda história, mas interrompeu o texto após apenas duas páginas:
“Infelizmente, por algum motivo, nunca escrevi aquela segunda história da Gray Alys. Comecei uma, há muito tempo. Consegui duas páginas, acho, depois a deixei de lado e nunca mais voltei a ela. ‘Por quê?’ Nem sei se sei. Foi há muito tempo. Mas sempre gostei da personagem.”
Ainda assim, Martin deixou aberta a possibilidade de retomar a jornada da feiticeira no futuramente, caso a adaptação cinematográfica “Nas Terras Perdidas” seja bem-sucedida:
“E quem sabe? Se os deuses forem bons, e o filme de ‘Nas Terras Perdidas’ for um sucesso, talvez consigamos contar as próximas aventuras de Gray Alys, afinal. Tenho uma lista de ideias por aqui em algum lugar”, completou.
O filme “Nas Terras Perdidas” já está em cartaz nos cinemas do Brasil – garanta seus ingressos por meio de nosso site ou app.