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Quem é Hatsune Miku? Saiba tudo sobre a sensação musical japonesa
‘Uma Miku que Não Sabe Cantar’, novo filme da Vocaloid, já está em cartaz nos cinemas

Esta quinta-feira (5) marcou a estreia de “Colorful Stage!! O Filme: Uma Miku que Não Sabe Cantar” nos cinemas do Brasil, trazendo uma nova e emocionante leitura da estrela virtual mais querida do Japão, Hatsune Miku.
No longa, conhecemos uma versão da personagem que ainda não descobriu seu talento, em uma jornada de autoconhecimento, emoções à flor da pele e muita música.
Com cabelos azul-turquesa, voz aguda e presença marcante em shows, clipes e redes sociais, ela ultrapassou os limites do digital para conquistar palcos ao redor do mundo, despertando o interesse de novos públicos e, consequentemente, levantando curiosidades sobre sua origem – especialmente agora com o lançamento do novo filme.
QUEM É HATSUNE MIKU?
Criada por Wataru Sasaki, desenvolvedor da empresa japonesa Crypton Future Media, Hatsune Miku foi lançada em 2007 como parte da tecnologia Vocaloid – um software de síntese vocal capaz de gerar canções a partir de amostras humanas, neste caso, da dubladora Saki Fujita. A princípio, foi concebida como uma ferramenta voltada para músicos, mas rapidamente se transformou em um fenômeno cultural.
Em entrevista concedida em 2017 ao portal Click Nippon, o próprio Wataru comentou sobre os motivos que, segundo ele, justificam o sucesso meteórico da personagem:
“Acredito que um dos motivos seja que isso se encaixou perfeitamente nas mudanças de estilo de vida que ocorriam no Japão na época (...) A maioria das pessoas daqui agora moram em casas pequenas, condomínios ou apartamentos, e há poucos lugares onde podem cantar abertamente ou se reunir para tocar instrumentos e coisas do tipo (...) Outro fator importante que impulsionou o sucesso de Hatsune Miku foi a expansão da infraestrutura de comunicação. Foi nessa época que as pessoas começaram a se comunicar principalmente pela internet e a publicação de vídeos originais online, como no YouTube e em plataformas semelhantes, começou a se disseminar. Como resultado, a atividade de compor músicas e usar a personagem para cantá-las e postá-las online ganhou ainda mais impulso”, compartilhou.
Essa combinação entre tecnologia, criatividade colaborativa e modo de vida local deu origem a um novo tipo de estrela pop. Hatsune Miku deixou de ser apenas uma interface digital e passou a atuar como uma idol cujo repertório é majoritariamente composto por sua própria comunidade de aficionados. Presente em videogames, animações, comerciais e performances com projeções holográficas, ela conquistou uma base de fãs global e tornou-se símbolo da cultura participativa online.
Quando canções se tornam populares, a Crypton pode incluir em shows e lançamentos oficiais, sempre creditando os criadores. Alguns hits como “Melt” (2009), “World Is Mine” (2009) e “Tell Your World” (2013) nasceram desta forma, de fãs para fãs.
Inspirado no jogo para smartphone “Project Sekai: Colorful Stage! feat. Hatsune Miku”, “Uma Miku que Não Sabe Cantar” se aprofunda no universo da personagem-título. Assim como no game, o projeto reúne os vocaloids Miku, Rin, Len, Luka, Kaito e Meiko, além de um elenco original de 20 personagens divididos em cinco bandas. O repertório inclui sucessos como “Tell Your World” de kz, “Melt” de Ryo (Supercell) e “ROKI” de Mikito-P.
Na trama, dirigida por Hiroyuki Hata ('Iroduku: O Mundo nas Cores'), Hatsune Miku enfrenta um desafio inesperado: sua música, antes capaz de alcançar multidões, agora parece não tocar os corações das pessoas como antes. Em busca de uma solução, ela cruza o caminho de Ichika, uma jovem cantora de talento único, cujas apresentações de rua encantam a todos que escutam. Desesperada para recuperar sua voz e levar sua canção ao público, Miku pede ajuda a Ichika, e juntas embarcam em uma jornada transformadora, embalada por uma trilha sonora cativante – garanta seus ingressos por meio de nosso site ou app.