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Em ‘Amores Materialistas’, Celine Song transforma sua experiência como casamenteira em filme
Novo longa da diretora indicada ao Oscar chega às telonas nesta semana

Na próxima quinta-feira (31), chega às telonas “Amores Materialistas”, novo filme da roteirista e diretora indicada ao Oscar, Celine Song (‘Vidas Passadas’).
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Nascida na Coreia do Sul, onde viveu até os 12 anos antes de se mudar para o Canadá, Song cresceu cercada por arte: seu pai era diretor de cinema e sua mãe, ilustradora e designer gráfica, e esse ambiente criativo a influenciou desde cedo.
Com uma formação em Psicologia e, posteriormente, uma Pós-Graduação em Dramaturgia, em 2014, a jovem cineasta mudou-se para Nova York, com o objetivo de se tornar uma roteirista teatral. Contudo, as poucas montagens que conseguia, não era o suficiente para garantir sua estabilidade financeira na cidade cosmopolita. Foi então que surgiu uma oportunidade inusitada: um trabalho como casamenteira em uma agência especializada em relacionamentos.
Esse mercado – bastante comum nos Estados Unidos – é composto por profissionais que atuam como intermediários na busca de pessoas por parceiros românticos. Para Song, a experiência revelou um lado prático e, ao mesmo tempo, contraditório do amor moderno:
“Naquela época, eu aprendi mais sobre as pessoas e o que estão em seus corações do que em qualquer outro período da minha vida. Quando eu perguntava sobre seus parceiros ideais, as respostas eram sempre sobre altura, peso, raça, trabalho, conexões - e tudo isso são apenas números” [via Entertainment Weekly].
Ao observar de perto os desejos, exigências e contradições dos clientes que buscavam um par ideal, Song percebeu que o romantismo muitas vezes se perde entre as listas de exigências e metas de compatibilidade:
“Assuntos do coração são bem sérios. Acho que nós gostamos de fingir que não é, mas sinto que devemos ser sinceros sobre. É um tema universal e um mistério universal. Eu não conheço ninguém que diz que sabe tudo sobre o amor. Por que você acha que faço filmes sobre amor? É um mistério para mim. Eu penso sobre isso todos os dias e acho que é um dos grandes mistérios da vida”.
Foi justamente essa vivência como casamenteira que despertou em Song um interesse mais profundo sobre como lidamos com o amor e os critérios que usamos para buscá-lo. A partir das observações que teve no período em que trabalhou na agência, ela começou a desenvolver a ideia de “Amores Materialistas” e da reflexão sobre como relacionamentos são moldados por expectativas, aparências e conveniências:
“Eu estava interessada na brecha que existe entre a forma como falamos sobre os parceiros que queremos e o que é realmente conhecer alguém que é um parceiro para a vida”.
Na nova comédia romântica da cineasta, acompanhamos Lucy (Dakota Johnson), uma casamenteira de Nova York bem-sucedida em seu trabalho, mas não tão próspera quando se trata de sua própria vida amorosa. Ela se vê dividida entre o parceiro perfeito, o rico e gentil Harry (Pedro Pascal) e seu ex-namorado imperfeito John (Chris Evans), um ator fracassado ainda tentando encontrar seu caminho.
Para a diretora, contudo, o filme é muito mais do que um triângulo amoroso e propõe um olhar mais íntimo para os espectadores:
“É mais sobre a história de Lucy e como ela navega não apenas o amor através da visão do namoro das suas clientes, mas também sua própria realidade e crenças sobre o amor. É sobre a transformação de uma mulher”.
“Amores Materialistas” estreia em 31 de julho, exclusivamente nos cinemas – garanta seus ingressos no nosso site ou app.