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Conheça a história real sobre o massacre retratado em 'Assassinos da Lua das Flores'

Novo filme de Martin Scorsese é baseado num crime que marcou a história dos EUA

Mariana Assumpção
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Conheça a história real sobre o massacre retratado em 'Assassinos da Lua das Flores'

Nesta quinta-feira (19), depois de quase 6 anos de desenvolvimento, o aclamado "Assassinos da Lua das Flores" finalmente chegou aos cinemas do Brasil.

A primeira colaboração de Martin Scorsese, Leonardo DiCaprio e Robert De Niro em um longa-metragem já garantiu 95% de aprovação no Rotten Tomatoes e nota 91 no Metacritic - e a aclamação da crítica promete refletir o interesse do público pelo filme, que conta com 3h26 (3 horas e 26 minutos) de duração.

A extensa exibição remonta fatos chocantes, ocorridos durante o início da década de 1920. Inspirado no livro "Assassinos da Lua das Flores: Petróleo, morte e a origem do FBI", não-ficção do autor David Grann, o filme relembra um trágico capítulo da história dos Estados Unidos.

[CUIDADO! ESTE TEXTO CONTÉM SPOILERS DE "ASSASSINOS DA LUA DAS FLORES"]

QUEM SÃO OS OSAGE?

Naturais de um território compreendido entre os rios Ohio e Mississippi, nos EUA, os indígenas da nação Osage foram expulsos de suas terras ainda no século 19, e passaram a viver no que hoje conhecemos como o estado de Oklahoma.

Habitando uma região árida e montanhosa, os Osage iniciaram a compra das terras da reserva para garantir que o governo não pudesse repassá-las aos brancos no futuro. Assim, logo na primeira década do século 20, o astuto James Bigheart, um dos maiores líderes da nação Osage, pediu ajuda do advogado John Palmer para que os direitos de seu povo fossem assegurados.

Os mais de 2000 lotes dos Osage tiveram suas áreas aumentadas pelo governo, e uma cláusula dos contratos previa que todos os recursos minerais encontrados naquelas terras seriam propriedade exclusiva do povo indígena. Além disso, os lotes não poderiam ser vendidos, apenas herdados, e cada dono poderia arrendar o uso e exploração da superfície como bem entendesse.

O PETRÓLEO DO POVO MAIS RICO DO PLANETA

Todas as manobras realizadas por Bigheart e Palmer foram motivadas por uma descoberta da dupla: as terras Osage em Oklahoma escondiam uma reserva abundante de petróleo, encontrada há quase uma década por um dos Osage.

Depois de persuadir o governo, Bigheart ajudou a nação Osage a concentrar a maior renda per capita do planeta, tornando esses indígenas o povo mais rico do mundo. Na década de 1920, os Osage obtinham lucros altíssimos oriundos da exploração de seu território, e seus filhos estudavam na Europa, enquanto eles mantinham suas mansões e carros de luxo, conduzidos por motoristas brancos.

O REINADO DO TERROR

Não demorou muito para que a riqueza dos Osage começasse a despertar a inveja e a ganância dos brancos, que não conseguiam aceitar que um povo nativo pudesse concentrar tamanha renda e poder.

O governo tentava de tudo para regular como os Osage gastavam e investiam sua fortuna e, em paralelo, mortes misteriosas começaram a assombrar os ricos indígenas.

O primeiro assassinato registrado foi o da Osage Anna Brown, friamente morta com um tiro na cabeça. Dias depois, os corpos de Charles Whitehorn e Henry Roan, primo de Anna, foram encontrados, também baleados: Charles estava abandonado em um terreno, e Henry foi achado morto ao volante de seu carro.

Mais de vinte membros da nação Osage perderam a vida no que hoje é chamado de O Massacre de Oklahoma, também conhecido à época como o Reinado do Terror. Algumas vítimas foram envenenadas, e outras simplesmente desapareceram.

MOLLIE BURKHART E O INÍCIO DA INVESTIGAÇÃO

Assim como no filme, a história do livro gira em torno de Mollie Burkhart, interpretada no longa pela atriz Lily Gladstone. Mollie foi uma mulher Osage que teve a família dizimada durante o massacre: Anna Brown, cuja morte deu origem ao Reinado do Terror, era irmã de Mollie; Minnie e Lizzie, mãe e irmã da moça, respectivamente, morreram do que os médicos chamaram de "doenças debilitantes peculiares", que até hoje seguem sem explicação.

Contudo, o último golpe levado por Mollie foi o estopim para que as investigações fossem aprofundadas: Rita Smith, sua irmã, seu cunhado Bill e Nettie Brookshire, criada da família, morreram durante uma explosão em sua casa, da qual Mollie escapou por pouco. Foi aí que os Osage decidiram que medidas mais drásticas deveriam ser tomadas.

A TRAIÇÃO E O FIM DO MISTÉRIO

Logo depois da morte de Anna, Mollie já havia contratado detetives particulares para investigar o caso, mas sem muito progresso. Porém, em 1925, os Osage recorreram ao Departamento de Justiça dos EUA, e J. Edgar Hoover, chefe de uma nova agência chamada Bureau of Investigation (que mais tarde se tornaria o FBI), recrutou um de seus agentes para trabalhar no caso.

Tom White, interpretado por Jesse Plemons em "Assassinos da Lua das Flores", chefiava o escritório de campo da agência em Oklahoma, onde reuniu uma equipe formada por alguns agentes infiltrados.

Nos meses seguintes, Tom e seus homens descobriram que o marido de Mollie, Ernest Burkhart (Leonardo DiCaprio), o irmão dele e seu tio, William Hale (Robert De Niro), eram os responsáveis pelas mortes da família.

William Hale contratou criminosos e pagou pelo assassinato de Anna Brown, assim como foi o mandante do atentado que tirou a vida de Rita e Bill Smith. O mais chocante foi o envolvimento de Ernest, com quem Mollie teve alguns filhos, tanto na explosão quanto contra a vida da própria esposa: Ernest envenenou Mollie por anos, fingindo que lhe aplicava injeções de insulina.

O JULGAMENTO

Em 4 de janeiro de 1926, William Hale e Ernest Burkhart foram presos. Burkhart confessou seu envolvimento nos crimes e, em 12 de março do mesmo ano, numa audiência preliminar, ele testemunhou contra seu próprio tio, que exercia grande influência sobre os Osage.

Ambos foram condenados. Burkhart foi solto em 1937, mas voltou para a prisão depois de roubar um banco e passou seus últimos anos morando em um trailer com seu irmão. Hale recebeu a condicional em 1947, e não retornou à penitenciária. Já Mollie se divorciou de Ernest durante o julgamento, e casou-se novamente. Ela morreu em 1937, aos 50 anos de idade.

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