Sir Philip Anthony Hopkins, ator de cinema e cavaleiro da Ordem do Império Britânico - título concedido em 1993, por todos os serviços artísticos prestados -, é um dos maiores nomes da sétima arte em atividade.

Aos 83 anos, Anthony Hopkins estrela o drama Meu Pai, trabalho que lhe rendeu o prêmio BAFTA de Melhor Ator na cerimônia deste ano, realizada no último final de semana. O longa adapta a peça teatral Le Père, de Florian Zeller, que também dirige a produção.

No filme, acompanhamos a história de um idoso de 81 anos, que resiste em aceitar a ajuda de sua filha e de outros entes queridos durante essa fase da vida. Porém, quando ele passa a questionar diversos acontecimentos e pessoas à sua volta, o espectador é inserido em uma angustiante e sensível jornada sobre a velhice e as responsabilidades que envolvem as relações familiares.

Em cartaz nos cinemas, Meu Pai concorre a seis estatuetas do Oscar 2021: Melhor Atriz Coadjuvante, para Olivia Colman; Melhor Roteiro Adaptado; Melhor Design de Produção; Melhor Edição; Melhor Ator, para Anthony Hopkins e o maior prêmio da noite, o de Melhor Filme.

Com 98% de aprovação no site Rotten Tomatoes, o filme é um dos favoritos ao prêmio em diversas categorias, incluindo a disputada por Hopkins. Isso se deve às diversas críticas positivas que o ator vem recebendo por sua atuação, e também ao seu histórico recheado de indicações. Relembre alguns dos trabalhos mais icônicos e elogiados da carreira de Anthony Hopkins:

O Silêncio dos Inocentes (1991)

Um dos papéis mais marcantes do ator, o serial killer Hannibal Lecter foi escolhido como o maior vilão da história do cinema pelo American Film Institute. O Silêncio dos Inocentes narra a história de uma detetive em início de carreira (Jodie Foster), que precisa da ajuda de um canibal (Anthony Hopkins) para resolver crimes praticados por um assassino em série.

Dirigido por Jonathan Demme, o filme concorreu a sete estatuetas do Oscar e levou cinco prêmios, entre eles o de Melhor Filme, Melhor Atriz e Melhor Ator, para Anthony Hopkins.

Nixon (1995)

Anthony Hopkins no filme Nixon

Nesta cinebiografia, Hopkins interpreta Richard Nixon, primeiro e único presidente dos Estados Unidos a renunciar do cargo. O drama, que apresenta uma narrativa não-linear, remonta acontecimentos da infância do político, sua amarga derrota nas urnas para John F. Kennedy, e sua ascensão e queda política, após o escândalo conhecido como Caso Watergate.

O filme recebeu duras críticas por parte dos familiares de Nixon, que o classificaram como uma tentativa de difamar o político, morto no ano anterior ao lançamento. Por sua atuação em Nixon, Anthony Hopkins concorreu ao Oscar e ao Globo de Ouro, nas cerimônias de 1996.

Amistad (1997)

Anthony Hopkins no filme Amistad

Baseado nos acontecimentos reais que ocorreram em 1839, a bordo do navio La Amistad, o drama histórico do diretor Steven Spielberg traz Hopkins na pele de mais um ex-presidente, o abolicionista John Quincy Adams - trabalho que lhe rendeu uma indicação ao Oscar e o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante no Critics' Choice Awards.

Em Amistad, acompanhamos a luta de escravos para que suas vidas não sejam tratadas como mercadoria. Enquanto viajam no navio para serem comercializados, o grupo se rebela e o caso vai parar na Suprema Corte Americana. Com a ajuda de John Quincy Adams, eles clamam por justiça e pelo direito de retornar para casa.

Dois Papas (2019)

Anthony Hopkins no filme Dois Papas

Embora muitos acreditem que todos os acontecimentos de Dois Papas, da Netflix, sejam baseados em eventos reais, isso não é verdade. Os papas Bento XVI e Francisco de fato se encontraram, mas suas conversas reais não basearam as prosas filosóficas que a dupla protagoniza na ficção.

Dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles, o roteiro do filme é uma adaptação do livro de Anthony McCarten, que compila a pesquisa realizada para o longa. Anthony Hopkins e Jonathan Pryce dão vida a Bento XVI e Jorge Bergoglio - cardeal que veio a se tornar o papa Francisco -, respectivamente. Hopkins concorreu, mais uma vez, ao Oscar e ao Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante por seu trabalho no longa.