Estreando nos cinemas na última quinta-feira (22), A Mulher Rei conta a história das Agojie, mulheres guerreiras do Reio de Daomé, território que hoje compreende o Benim, na África. O longa estreou nos Estados Unidos há poucos dias, e alcançou o topo da bilheteria norte-americana. No último final de semana, o filme arrecadou 19 milhões de dólares nas telonas.

Para divulgar o lançamento, Viola Davis esteve pela primeira vez no Brasil. Em uma agenda que contemplou passeios a pontos turísticos do país, ela concedeu uma entrevista exclusiva a Splash, na qual comentou sobre os principais temas da produção.

Intérprete da General Nanisca no filme, Viola orgulha-se por poder contar uma história protagonizada por mulheres. Para ela, suas dores, alegrias e vivências são o foco da narrativa:

"Esse filme é uma história incrível sobre o que significa ser uma mulher, mas também sobre como essas mulheres extraordinárias se conectaram, sobreviveram, como viveram. É sobre Nanisca e Nawi, Nawi e Izogie. É uma história que não traz somente uma mensagem política. Você não está apenas recebendo uma mensagem, você está sendo tocado pelos seres humanos retratados nessa história".

Viola completa evidenciando que a representatividade é outro ponto importante de A Mulher Rei, quando traz para o protagonismo personagens historicamente invisibilizadas:

"O mais importante disso é que, quando você conta uma história, quando se humaniza personagens que geralmente não são humanizados, isso faz com que eles se sintam menos sozinhos. Faz com que eles se sintam vistos. E essa é a base para qualquer mensagem política em que as pessoas precisam ser empoderadas".

Em Pantera Negra (2018), uma das inspirações para o desenvolvimento das Dora Milaje foram as próprias Agojie. A história das guerreiras, baseada em eventos reais, só saiu do papel graças ao longa da Marvel, segundo Viola. Contudo, ela explica que o lnovo filme não é uma mimetização do protagonizado por Chadwick Boseman:

"Com certeza não teríamos feito esse filme sem Pantera Negra. Mas, no fim, nosso filme não é sobre efeitos digitais, não é um mito: é real. Somos pessoas de verdade. Devo dizer que, pelos depoimentos que já recebi, que vêm de todos os lugares como o Instagram, minhas mensagens diretas, por e-mail, que as pessoas se emocionam com o filme. Eu estou vendo a importância dessa narrativa para pessoas que normalmente são destinadas à periferia".

Dirigido por Gina Prince-Bythewood, A Mulher Rei conta ainda com Thuso Mbedu, Lashana Lynch, Lupita Nyong’o e John Boyega no elenco. O filme estreou no Brasil esta semana, e segue em cartaz nos cinemas - garanta o seu ingresso por meio do nosso site ou app.

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