A data que marca a primeira exibição pública de um filme aconteceu há 125 anos, no dia 28 de dezembro de 1985. Desde então, o cinema baseou uma indústria milionária, que produz narrativas capazes de fazer com que muitos se apaixonem, sintam medo ou caiam na gargalhada - um mix de sentimentos que a sétima arte nos proporciona há mais de um século.

A maneira que o audiovisual foi capaz de construir histórias tão ricas e complexas, ao longo de tantos anos, também ajudou a fazer com que a própria arte dissertasse sobre a sua história. Abusando de recursos de metalinguagem, o cinema já falou sobre ele mesmo em muitos filmes. Confira a nossa lista com algumas produções que nos ajudam a entender e conhecer mais detalhes sobre a sétima arte:

CREPÚSCULO DOS DEUSES (1950)

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Os filmes mudos marcaram o início das grandes produções cinematográficas, e muitas das suas características, que hoje podem soar caricatas e exageradas, são de certa forma satirizadas em Crepúsculo dos Deuses. A figura de Norma Desmond (Gloria Swanson), uma estrela decadente do cinema mudo, é o retrato de uma era esquecida, muito bem construído pela estética e trama da produção, dirigida e escrita por Billy Wilder.

CANTANDO NA CHUVA (1952)

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Outro filme que também aborda a transição para o cinema sonoro é o clássico Cantando na Chuva. Os protagonistas Don Lockwood (Genne Kelly) e Lina Lamont (Jean Hagen) são astros de filmes mudos, e precisam se adaptar aos novos tempos de Hollywood - com falas e canções. Porém, Lina é extremamente desafinada, e a solução encontrada é que outra atriz seja responsável por dublá-la. O filme explora as dificuldades técnicas e morais enfrentadas pelos personagens, que de fato aconteceram nos bastidores de diversas produções desse período.

MANK (2020)

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Um dos maiores filmes de todos os tempos, Cidadão Kane (1941), foi dirigido por Orson Welles. Porém, uma grande obra cinematográfica pode esconder segredos desagradáveis em seus bastidores - em Mank, acompanhamos a história de Herman Mankiewicz, roteirista da obra-prima de Welles, e a luta do escritor para que o cineasta lhe desse os devidos créditos pela contribuição.

HITCHCOCK (2012)

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Alfred Hitchcock é conhecido por muitos como o pai do suspense, responsável por grandes títulos do gênero, como Os Pássaros (1963) e Janela Indiscreta (1954). Baseado no livro Alfred Hitchcock e os Bastidores de Psicose, escrito por Stephen Rebello, o drama biográfico Hitchcock foca na relação do cineasta que dá título à produção (Anthony Hopkins) e sua esposa, desde a concepção e inspirações para a trama, até o lançamento de Psicose (1960).

WALT NOS BASTIDORES DE MARY POPPINS (2013)

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Baseado nos acontecimentos que envolveram a produção do musical clássico da Disney, Walt nos Bastidores de Mary Poppins se propõe a revelar, de forma bastante romanceada, como o dono do estúdio e a escritora da obra original, P.L. Travers (Emma Thompson), travaram um conflito para que o filme saísse do papel. Apesar de desenvolver situações que provavelmente nunca existiram, o filme é uma forma de destacar que, mesmo uma das histórias mais encantadoras do cinema, pode esconder acontecimentos controversos em seus bastidores.

ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD (2019)

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Em 1969, uma tragédia marcou para sempre a história do cinema: o assassinato da jovem Sharon Tate, grávida de Roman Polanski. A atriz e o cineasta estavam casados há pouco mais de um ano, e as circunstâncias do crime chocaram o mundo. Em Era Uma Vez em… Hollywood, o diretor Quentin Tarantino usa os acontecimentos que marcaram o verão de 1969 como plano de fundo para a sua história, que faz questão de mostrar as imperfeições que as grandes telas são incapazes de revelar. Uma grande homenagem à Sharon Tate e ao cinema hollywoodiano.

A INVENÇÃO DE HUGO CABRET (2011)

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O diretor Martin Scorsese foi um dos que se rendeu a onda de nostalgia que assolou o cinema contemporâneo. Como alguns outros filmes já citados nesta lista, que foram produzidos na mesma década, A Invenção de Hugo Cabret é esteticamente impecável, além de se moldar como uma espécie de aula sobre cinema para crianças - e por que não para os adultos? Com referências e homenagens a Georges Méliès, considerado o “pai” dos efeitos especiais cinematográficos, o filme é mais uma ode à sétima arte.

CINEMA PARADISO (1988)

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É possível dizer que muitos filmes desta lista fizeram, cada um a seu modo, homenagens ao cinema. No entanto, nenhum deles foi capaz de trazer o tema, de forma tão apaixonada e singela, como o longa Cinema Paradiso. A curiosidade e a descoberta da magia, que permeiam a sétima arte e a própria vida, estão presentes na figura do menino Totó, enquanto ele cresce e se apaixona pelo cinema. Com a companhia de seu amigo e projecionista Alfredo (Philippe Noiret), assistimos à evolução do protagonista e do próprio cinema em si. Mesmo com um enredo aparentemente simples, a trama é capaz de nos trazer memórias da infância e uma nostalgia intensa, relembrando sensações e lugares que, infelizmente, já deixaram de existir.

Estes filmes divertem, emocionam e nos contam alguns detalhes sobre diversos períodos que contemplam os 125 anos do cinema. Em comemoração à data, teremos uma live especial no nosso Instagram. Que tal participar com a gente?

Em parceria com o Telecine, Renata Boldrini, Caio Muniz e Cris & Panda, do Coxinha Nerd, vão bater um papo sobre a data histórica e também sobre os momentos mais marcantes que eles viveram nas salas de cinema. Se você tem uma história curiosa, romântica ou engraçada que foi marcada por um filme ou sessão de cinema, vem conversar com a gente. Nosso bate-papo acontece hoje (quarta-feira), 26 de maio, às 18h - siga a Ingresso.com no Instagram e não perca!